Decorreu hoje, Sábado, dia 22 de maio, o lançamento do mais recente livro de Fátima Lopes, o romance Intitulado “Encontrei o amor onde menos esperava”, a Rádio Campanário esteve presente no evento de apresentação, e ouviu a apresentadora sobre o romance.
Fátima começa por agradecer, ressaltando que os momentos que passa no Alentejo, foram a sua inspiração para incluir Monsaraz no Destino da personagem. Relatando o quão bem se sento no Alentejo: “Eu sou uma pessoa muito emotiva quem me conhece sabe disso, sou muito observadora. Das coisas que mais gosto de fazer no Alentejo é sentar-me a olhar para a paisagem” (…) “Eu preciso estar a olhar para esta imensidão, Preciso!”.
Continua, tecendo elogios: “O Alentejo tem esta capacidade de nos levar a uma viagem interior tão profunda, mas tão rica, que não é possível ficarmos iguais. Eu sou uma verdadeiramente apaixonada pelo Alentejo e falo do Alentejo com os olhos deste tamanho, porque sinto”.
Para a autora, a forma como se sente acolhida e recebida, pelo povo que aí habita, é muito importante para o seu bem-estar interior “e depois há outra coisa extremamente importante e que aqui já foi referido e que na verdade é o mais importante: as pessoas! a forma de acolher, a forma de tratar, a forma de cuidar. (…) Eu estou a dar o meu retrato do que tem sido a minha vivência no Alentejo”.
“Eu não posso dizer que era uma estranha que toda a gente me conhecia, mas as pessoas não sabiam nada de como é que eu era, como é que eu tratava as pessoas, e eu fui acolhida de braços abertos, e eu voltei de alguma forma à minha infância, a voltar ao contacto com a terra, com as pessoas, com o cheiro do pão… tudo isto é de uma riqueza imensa” – remata.
Sobre o Livro, “Encontrei o Amor onde menos esperava”, a Autora relata que, o objetivo deste é “ajudar as pessoas a pensar que, muitas vezes, as respostas para a nossa felicidade estão, efetivamente, nas pessoas e nas coisas mais simples” pois, “É nas coisas simples, é nos gestos simples e nas pessoas, que nós encontramos essa felicidade e, às vezes, está à mão de semear e nós simplesmente não vemos, porque estamos focados numa ideia que temos de uma grandeza qualquer que nem sabemos quantificar, e que às vezes só traz vazio”.
Como revela Fátima, este livro fala da viagem de uma “mulher que vai à procura dela própria, do amor por ela própria, porque ela tem consciência que sai de Lisboa porque há um vazio no coração dela, ela sente que lhe falta acima de tudo amor por ela, e é nestas pessoas (…) em todas estas pessoas com quem ela se cruza, que ela vai buscar verdadeiros abraços e acolhimento de amor como ela não conhecia”.
Sobre a vila Alentejana de Monsaraz, que relata no seu romance, Fátima revela ainda que “quando pensei em Monsaraz, pensei meu Deus eu se levar as pessoas a visitarem Monsaraz, inspiradas por esta história, elas vão perceber que afinal eu disse pouco da beleza deste sítio, eu disse pouco da beleza destas pessoas, e elas vão sentir que valeu a pena. Se eu conseguir que alguns venham, nem que seja pela curiosidade, e que depois arrisquem um bocadinho, como arriscou a Sofia, eu acho que o livro está cumprido porque os livros também se comprem.”
Termina, dizendo que, o que a inspirou a dar nome à personagem da história, foi a sua amiga Sofia, a quem quis fazer uma homenagem, depois de saber que ela passou por uma história parecida, com a da personagem:
“Já muitas vezes me perguntaram porque é que se chama Sofia a personagem principal, eu tenho 8 livros publicados, os 8 livros fiz com a Sofia, isto é uma oportunidade que eu também tenho, neste cenário, de lhe fazer uma homenagem” “(…) quando estava a escrever este livro, e ao momento em que começa a descrever a morte da mãe da personagem principal e a Sofia recebeu essa parte para ler, disse-me: “estou lavada em lágrimas, porque o que descreves é a situação que viveu um familiar meu muito próximo, e, nessa altura, quando ela me disse isso eu disse: “então a personagem vai se chamar Sofia e é uma homenagem a ti”.
