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“Não devemos fazer da imigração um caso da policia, porque não é” diz Marisa Matias em relação à polémica do SEF (C/SOM)

Marisa Matias, candidata à Presidência da República, esteve ontem, dia 14 de dezembro, presente em Évora em reunião com a Administração e médicos pediatras do HESE, onde posteriormente prestou declarações acerca desse assunto à Rádio Campanário.

Em declarações à margem dessa temática, Marisa Matias falou aos jornalistas acerca dos acontecimentos recentes à volta da polémica do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Recorde-se que três elementos do SEF foram detidos pela Polícia Judiciária por “fortes indícios” da prática de homicídio do cidadão ucraniano, Ihor Homenyuk, que morreu no aeroporto de Lisboa em Março de 2020.

“Isto é uma situação que nos envergonha a todos. É muito triste que num país democrático como o nosso, tenha acontecido alguém que morreu às mãos do Estado, acho que as responsabilidades devem ser apuradas a esse respeito,” comenta Marisa Matias.

Na recente reunião deste domingo, o Diretor Nacional da PSP, Magina da Silva, propôs ao Presidente da República uma solução para a reorganização das polícias que passa pela extinção da PSP e do SEF, convergindo as mesmas.

Sobre esta temática, a candidata à Presidência da República frisa que “isto é tudo uma situação muito complicada, mas acho que nós não devemos cair na tentação de tentar fazer da imigração um caso da policia, porque não é.”

Adianta ainda que “obviamente temos que ter politicas de emigração, temos que ter serviços que respondam, mas não podemos, de maneira nenhuma, tratar as questões da emigração como se fossem casos de policia, porque não são. São casos de política, são casos de integração, inclusão e de tantas dimensões,” esclarece Marisa Matias.

“Temo que possamos estar a resvalar para algumas dimensões que eu creio que não nos ajudam em muito. E basta colocarmos os olhos ao que se está a passar em França no que diz respeito ao excesso de policiamento” compara a candidata.

Marisa Matias conclui ao esclarecer que “nos precisamos das forças de segurança bem pagas, bem treinadas para fazerem o seu serviço. E não é seguramente esta conjugação que nós precisamos neste momento.”

 

Ainda questionada sobre as últimas sondagens das presidenciais, onde Marcelo Rebelo de Sousa lida com grande 66% de intenção de voto, Marisa Matias frisa que “claro que ainda sou uma candidata á Presidência da República.” No entanto, esclarece que “devemos evitar falsas expectativas em relação a saber quem é que tem mais probabilidades de ganhar estas eleições. Acho que se torna muito evidente que há um favoritismo ao atual presidente. Uma candidatura precisa também de propostas alternativas, de programas de resposta à crise alternativos e, sobretudo, de uma linha clara da esquerda na defesa dos serviços públicos e no combate à precariedade,” conclui.

 

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