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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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“No início do mandato tínhamos 1,5ME de disponibilidades diretas e atualmente temos o dobro”, diz autarca de Alandroal (c/som)

O município do Alandroal é um dos mais endividados e por isso todas as contas do município têm de ser geridas e pensadas com cautela. A autarquia vai ter de pagar até 2037 a sua dívida, porém, este ano, devido à pandemia, o Fundo de Apoio Municipal (FAM), suspendeu esses pagamentos, para ajudar nas despesas relacionadas com a crise pandémica que se vive.

Em entrevista exclusiva à RC o presidente do município, João Grilo, garante: “as contas do município estão bem”.

O edil revela que “neste momento as disponibilidades do município são o dobro do que encontrei há três anos. Estamos a falar de cerca de 3ME de disponibilidades diretas em relação a 1,5ME que tínhamos encontrado”.

João Grilo revela que o objetivo da autarquia é ter “alguma folga para financiar projetos que se traduzam em retorno e que nos ajudem a compensar e a acabar mais cedo este garrote do endividamento”. O presidente afirma que não pode “deixar o concelho morrer lentamente” e por isso houve sempre a preocupação de “encontrar formas de crescer, criar riqueza, criar retorno para numa fase mais avançada tirar proveito disso e pagar mais rapidamente a nossa dívida e melhorar a vida dos cidadãos”.

“Isto só se consegue fazer com recurso a fundos comunitários”, frisa. A câmara de Alandroal conseguiu, nos últimos três anos, “angariar 8,7ME de fundos comunitários que correspondem a 13,3ME de investimento”.

Porém, o edil acrescenta que em “tudo o que conseguimos tem havido um obstáculo que é a nossa Assembleia Municipal que nos impediu de ir buscar financiamento para alguns projetos que são financiados por fundos comunitários”.

Quanto às dívidas a fornecedores também estas tinham valores acima do normal. Sobre estas João Grilo recorda que a primeira vez que entrou no gabinete “como presidente, a dívida a fornecedores era superior a 20ME e os móveis estavam penhorados”.

Atualmente “não temos dívidas a fornecedores, não temos um único pagamento em atraso, pagamos com uma regularidade que anda abaixo dos 40 dias e só não pagamos a um prazo mais curto porque temos uma equipa limitada da contabilidade”, revela.

Quanto ao próximo ano de 2021, diz: “no próximo ano vamos quase ter três anos em um. Vamos ter que por um lado investir e executar obras dos fundos comunitários, por outro teremos que continuar a dar resposta à pandemia e por outro teremos de preparar o pós-pandemia. Acho que vai ser um ano ainda mais exigente do ponto de vista financeiro do que acabou por ser este”.

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