Na semana em que Portugal inicou o segundo desconfinamento a Rádio Campanário procurou saber qual o impacto que o setor imobiliário tem sentido em tempo de pandemia. Falámos com Luís Coelho, empresário calipolense e proprietário da imobiliária Imoviçosa.
Luís refere que o negócio na imobiliária Imoviçosa diminuiu significativamente durante o confinamento mas atualmente tem havido crescente procura.
Segundo Luís Coelho, Vila Viçosa é um meio que, embora pequeno, apresenta normalmente muita procura principalmente por parte dos investidores. O empresário tem notado, no entanto, que o número de pessoas residentes em Vila Viçosa que compram casa tem vindo a diminuir.
Os investidores são os clientes que fazem mais compras de casas em Vila Viçosa e, conforme esclarecer Luís Coelho, o que os investidores mais procuram são casas pequenas dentro do centro histórico para uma segunda habitação ou para recuperação: o procedimento é “investir para recuperar e depois vender. Temos clientes aqui que compram casas que estão degradadas, vão recuperando-as e metem-se outra vez no mercado.”
Luís notou uma dimuição na procura de casas, tanto no decorrer do ano passado como durante o recente confinamento. Antes do confinamento, muitos dos investidores eram estrangeiros e atualmente “os estrangeiros também não aparecem. Antes havia aqui muitos a comprar e agora não têm aparecido devido ao confinamento. Agora vamos ver o futuro”.
Em relação ao facto de algumas imobiliarias optarem por visitas virtuais em tempo de confinamento, Luís refere que a Imoviçosa preferiu não optar por essa solução, realizando apenas uma visita virtual que não resultou em venda: “mostrámos a casa através do whatsapp com uma videoconferência. Não é fácil porque não é o mesmo ver o vídeo e ver a casa. A zona envolvente e outros pormenores perdem-se. A gente gosta das coisas transparentes”.
No que diz respeito ao valor das casas, o empresário nota que se tem mantido, sem se verificar dimuição e, optimista, refere “vão-se vendendo, a pouco e pouco”.
Na semana de desconfinamento, Luís Coelho notou de imediato uma maior procura na aquisição de casa: “Notou-se logo, logo no primeiro dia e esta semana tem havido muito mais procura. As visitas têm sido muito mais, visitas que também tínhamos agendado na altura do confinamento. Não se podiam fazer, agora estão-se a fazer. Agora vamos ver os resultados.”
Em relação ao futuro, o empresário acredita que o setor da imobiliária vai recuperar os prejuízos que possa ter tido: “Estou crente que sim porque tem havido procura. Quando há procura as coisas vão-se fazendo. Tem que se ser optimista.”