A 5.ª Conferência Mundial de Enoturismo iniciou ontem, dia 8 de setembro e prolonga-se até dia 10 de setembro em Monsaraz. O evento tem como tema o “Enoturismo – um motor para o desenvolvimento rural” e vai é organizado pela Organização Mundial do Turismo, Turismo de Portugal e Município de Reguengos de Monsaraz.
A Conferência Mundial de Enoturismo tem inscritos cerca de 700 participantes presenciais e online, de cerca de 70 países, e centra-se no caminho para fazer do enoturismo um meio eficaz de desenvolvimento rural, mas analisa também a política, inovação, gestão de destinos, sustentabilidade e a saída da crise COVID-19 com exemplos práticos e inspiradores.
A Rádio Campanário esteve hoje presente neste evento, em Monsaraz, e falou com o Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, José Calixto.
Esta Conferência Mundial “é um evento que se insere na promoção do território, um território riquíssimo em termos de Enoturismo, e em termos de turismo em espaço Rural, em termos de produção vitivinícola, e no qual pretendemos valorizar os valores da nossa sustentabilidade, entre os quais a produção milenar do vinho e da vinha, nesta que é a maior sub-região do Alentejo,” afirma José Calixto.
Questionado sobre o impacto do Enoturismo no crescimento do concelho de Reguengos de Monsaraz, e de todo o Alentejo José Calixto refere que “o enoturismo acaba por ser, em todo o mundo, experiências únicas, experiências que são representativas de uma forma muito própria de fazer o vinho e de trabalhar a vinha,” acrescentando que “é uma parte importante da cultura dos povos vinhateiros.”
Segundo o autarca, “Reguengos de Monsaraz tem a sorte de ter um conjunto de produtores, que não são muitos, mas são bons, produtores de vinho e experiências de enoturismo, que se têm adaptado nestes últimos anos, a saber receber bem quem o visita.”
No que diz respeito ao Enoturismo José Calixto refere que “o grande suporte da estratégia de promoção do território, é quem temos no território, são as pessoas, e neste caso, são os agentes de enoturismo, e aí estamos muito bem servidos,” acrescentando que “com um conjunto de Enoturismos de elevada qualidade, bastante diferenciadores e que criam valor, e que nós temos a obrigação institucional de promover.”
São os “valores sustentáveis, os valores que perpassaram durante séculos e que nós, neste momento da nossa história, aquilo que fazemos é promovê-los ao máximo, e um exemplo disso é este evento global, que obviamente tem uma repercussão a nível de todo o mundo”, acrescentando que “esperamos que seja uma semente muito forte e muito produtiva para retomarmos, depois deste período de pandemia que nos fez regredir, pelo menos em termos de mercados mais longínquos que esperamos voltar a cativar, nomeadamente através desta montra que estamos aqui a assistir hoje da 5ª Conferência Mundial de Enoturismo.”
Questionado sobre se era um orgulho que Monsaraz tenha sido escolhido para receber a 5ª Conferência Mundial de Enoturismo, o presidente informa que “é um orgulho e foi um objetivo atingido.”
“Este evento está a ser preparado há vários anos, já convidámos, há uns anos atrás ,porque estas coisas não caiem do céu, o Secretário Geral da Organização Mundial de Turismo, o embaixador Zurab Pololokashvill, a visitar o nosso território, ele fê-lo há três ou quatro anos atrás, aliás foi a primeira visita oficial dele ao estrangeiro, e isso foi também uma semente, porque desde logo o convidámos a ponderar a possibilidade de fazer uma Conferência Mundial de Enoturismo no nosso território, e assim aconteceu, portanto é um objetivo atingido, é um objetivo que fazemos em nome daqueles que trabalham todos os dias no território para o valorizar, para criar bons vinhos e para os saber dar a beber em experiencias únicas em Enoturismo, que fazem parte da estratégia do desenvolvimento do Enoturismo de Portugal pela Turismo de Portugal,” destaca o autarca, para o sucesso de Monsaraz ser palco da 5ª Conferência Mundial de Enoturismo.
