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Sábado, Abril 20, 2024

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Um dia importante para a região – Obras do novo Hospital Central do Alentejo já estão adjudicadas e espera-se a sua finalização até 2023 (C/SOM E FOTOS)

O Primeiro-Ministro, António Costa, esteve esta segunda-feira em Évora, na cerimónia da assinatura da adjudicação da obra do novo Hospital Central do Alentejo, uma infraestrutura há muito ansiada pelos alentejanos.

Foi nas instalações da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo que decorreu a cerimónia onde também esteve presente a Ministra da Saúde, Marta Temido.

Em declarações aos jornalistas, José Robalo, presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, sublinhou que a nova unidade hospitalar “vai responder a uma população direta de 160 mil habitantes e uma população global, que inclui as outras unidades locais de saúde alentejanas, que envolve cerca de 500 mil pessoas”.

O presidente da ARS do Alentejo frisou que o novo Hospital Central do Alentejo irá dar “uma capacidade de resposta completamente diferente”, evocando o discurso do Primeiro-Ministro, que confirmou que o atual Hospital de Évora “não tem capacidade já para se «esticar» e para se «reinventar» mais”. O dirigente enalteceu ainda que o novo Hospital “vai  facilitar o aparecimento de novas alternativas e inovações clínicas e tecnológicas, permitindo uma maior diferenciação de serviço” e que tem também como principal objetivo “que parte dos utentes, que neste momento se deslocam para Lisboa para receber os cuidados, possam receber esses cuidados neste nova unidade. É, no fundo, um cuidado de mais proximidade e é nesse sentido que queremos que o novo Hospital funcione”.

Sobre os próximos passos, José Robalo referiu que ainda hoje “vamos colocar na Plataforma [Digital] o resultado desta adjudicação e a partir desse momento vamos discutir o contrato de adjudicação e essa discussão vai permitir que, a partir desse contrato e do cabimento que nós temos que dar para o primeiro período de construção do Hospital, se envie para o Tribunal de Contas para ser validado, previamente ao início da construção”. O presidente da ARS Alentejo reiterou que a obra “tem 30 meses para a construção”, sublinhando que “queremos ter a empreitada finalizada antes do final do ano de 2023”.

Recorde-se que o grupo espanhol Acciona venceu o concurso público para a construção do novo Hospital Central do Alentejo. Esta segunda-feira, foi a ausência mais notada nesta cerimónia da assinatura do contrato de adjudicação, não tendo estado presente qualquer representante do grupo espanhol. O presidente da ARS do Alentejo justificou a ausência pelo facto de as coisas terem sido organizadas “com uma grande rapidez e não permitiu [a presença do Grupo Acciona], como não tiveram outras pessoas que nós gostaríamos que tivessem presentes”.

“As decisões foram tomadas sexta-feira e tivemos o fim-de-semana para tentar mobilizar as pessoas para poderem assistir à cerimónia”, adiantou.

José Robalo explicou ainda que o contrato será colocado numa plataforma eletrónica “e a partir daí a empresa já sabe que poderá iniciar os procedimentos, de forma a haver o início da construção desta unidade hospitalar”.

O presidente da ARS do Alentejo falou ainda sobre as grandes dificuldades em captar profissionais de saúde para a região. José Robalo referiu que “continuamos a insistir, quer em termos de formação de internos, quer também na abertura de concursos, particularmente para vagas carenciadas, que pode permitir aos profissionais ter uma resposta, em termos financeiros, mais atrativa”. Mas admitiu que “há outros aspetos que também são relevantes para os profissionais e isso tem a ver com a diferenciação tecnológica e com as condições de trabalho”, garantindo que este novo hospital “vem permitir” uma maior captação de profissionais para a região.

O novo Hospital Central do Alentejo terá um custo que ultrapassa os 200 milhões de euros, sendo “183 milhões de euros para a construção e 29 milhões para equipamentos”, explicou José Robalo.

O Hospital Central do Alentejo contará com uma lotação de 351 camas, que poderá ser aumentada até 487. Disponibilizará ainda 11 blocos operatórios, 5 postos de pré-operatório e 43 postos de recobro.

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