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Sexta-feira, Março 29, 2024

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“A água dá-nos prejuízos de 500 mil euros porque faltou coragem política para corrigir estas situações” diz João Fortes, Presidente da CM de Mourão

 

João Fortes, Presidente da Câmara Municipal de Mourão, recentemente eleito nas eleições autárquicas de 26 de setembro, tomou posse no passado dia 17 de outubro.

A Rádio Campanário realizou a primeira grande entrevista ao Presidente da Câmara de Mourão, na qual foram abordados temas relevantes para o concelho.

João Fortes manifestou preocupação com a situação das verbas gastas com a água, considerando que “estamos a combater a falta de rendimentos que temos provenientes da água” acrescentando que o “Município de Mourão tem custos relativos com a água na ordem de 1 milhão e 100 mil euros e só temos retorno de cerca de 530 mil euros.”

Segundo João Fortes “temos perdas de 50% a nível dos custos de operação com a água “justificando que esta situação acontece devido “à falta de pagamento de munícipes e também ao facto do autoconsumo interno não estar a ser aferido nem monitorizado.”

“Estamos a falar de 500 mil euros que podem ser recuperados e que farão grande diferença nas contas do município” adiantou ainda o autarca.

Para tentar resolver a falta de pagamento por parte dos Munícipes, situações devidamente identificadas, João Fortes referiu “iremos sensibilizar as pessoas para a realização de acordos prestacionais pois muitas vezes falamos de montantes não muito elevados.”

João Fortes vai mais longe e considera que a situação destes não pagamentos se arrastou e que “faltou a determinada altura algum tipo de coragem política, principalmente em ano de eleições para se corrigirem estas situações.”

O Presidente da Câmara Municipal de Mourão acredita que “grande. parte dos munícipes, quando forem notificados para estas regularizações, o farão de forma voluntária e caso tenham alguma dificuldade o Município está disponível para acordos de prestações.”

Na sua opinião, como refere, “temos que ter a ótica do utilizador/pagador “acrescentando “nós prestamos um serviço e temos que ser pagos por ele.”

Apesar de considerar que “esses valores podem nunca vir a cobrir os custos totais da operação” tem a certeza que, diminuindo este valor de 500 mil euros, resultante da diferença entre a despesa e a receita da água, “permite que grande parte dos projetos apresentados no programa eleitoral, possam ser cumpridos.”

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