João Fortes, Presidente da Câmara Municipal de Mourão, recentemente eleito nas eleições autárquicas de 26 de setembro, tomou posse no passado dia 17 de outubro.
A Rádio Campanário realizou a primeira grande entrevista ao Presidente da Câmara de Mourão, na qual foram abordados temas relevantes para o concelho.
João Fortes manifestou preocupação com a situação das verbas gastas com a água, considerando que “estamos a combater a falta de rendimentos que temos provenientes da água” acrescentando que o “Município de Mourão tem custos relativos com a água na ordem de 1 milhão e 100 mil euros e só temos retorno de cerca de 530 mil euros.”
Segundo João Fortes “temos perdas de 50% a nível dos custos de operação com a água “justificando que esta situação acontece devido “à falta de pagamento de munícipes e também ao facto do autoconsumo interno não estar a ser aferido nem monitorizado.”
“Estamos a falar de 500 mil euros que podem ser recuperados e que farão grande diferença nas contas do município” adiantou ainda o autarca.
Para tentar resolver a falta de pagamento por parte dos Munícipes, situações devidamente identificadas, João Fortes referiu “iremos sensibilizar as pessoas para a realização de acordos prestacionais pois muitas vezes falamos de montantes não muito elevados.”
João Fortes vai mais longe e considera que a situação destes não pagamentos se arrastou e que “faltou a determinada altura algum tipo de coragem política, principalmente em ano de eleições para se corrigirem estas situações.”
O Presidente da Câmara Municipal de Mourão acredita que “grande. parte dos munícipes, quando forem notificados para estas regularizações, o farão de forma voluntária e caso tenham alguma dificuldade o Município está disponível para acordos de prestações.”
Na sua opinião, como refere, “temos que ter a ótica do utilizador/pagador “acrescentando “nós prestamos um serviço e temos que ser pagos por ele.”
Apesar de considerar que “esses valores podem nunca vir a cobrir os custos totais da operação” tem a certeza que, diminuindo este valor de 500 mil euros, resultante da diferença entre a despesa e a receita da água, “permite que grande parte dos projetos apresentados no programa eleitoral, possam ser cumpridos.”