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Terça-feira, Abril 23, 2024

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ADRAL promove projeto de “59,6 milhões de euros de investimento” para os mármores, revela José Calixto (c/som)

Na sequência da sua participação no encerramento do Congresso internacional “Mármore do Alentejo: da História ao Património”, o Presidente do Conselho de Administração da Agência de Desenvolvimento da Região do Alentejo (ADRAL), José Calixto, revelou detalhes à RC sobre um projeto candidatado ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que prevê angariar cerca de 59,6 milhões de euros para o sector dos mármores, elaborado em parceria com mais de 50 entidades.

 

Sobre a intervenção no congresso, José Calixto, afirmou que “a visão da ADRAL se centrou naquilo que são os desafios do setor, naquilo que nós podemos ser úteis a um setor, que passou por momentos recentes difíceis, momentos de extinção de alguns mercados mundiais, para os quais exportava, momentos em que outros mercados diminuíram drasticamente, em que passamos por uma pandemia, tudo uma série de desafios que não eram previstos para estas mais de 130 empresas que empregam mais de mil trabalhadores e que geram um produto superior a 800 milhões de euros ao ano”.

 

Assim sendo, José Calixto destaca os esforços da instituição na “possibilidade de abertura de novos mercados, a possibilidade de missões de promoção externa do setor”, bem como “o aproveitamento das oportunidades, nomeadamente ao nível do PRR, onde temos já candidatado o projeto STONE CAST, de cerca de 59,6 milhões de euros de investimento”. Um projeto que é “centrado em ações na área da inovação, da investigação e desenvolvimento, da economia circular, do aproveitamento dos subprodutos, da sustentabilidade do sector, de tudo aquilo permita haver tecnologias da informação que possam ajudar o setor a interagir com a natureza, a criar sustentabilidades”.  

 

Por isso, que “nesta parceira, de mais de 50 entidades, se destaquem grandes líderes mundiais na área das tecnologias da informação”, acrescenta. Entre os quais se encontra a Boldint, líder no setor das Tecnologias de Informação, do gigante francês DevoTeam, juntamente com a Outfit, também do grupo, reconhecida internacionalmente pelas suas competências em Outsystems. Como parceiros institucionais, além da própria ADRAL, encontram-se também o Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT), assim como a autarquia de Vila Viçosa e 9 entidades do ensino Superior, entre Universidades e Politécnicos, englobando 17 unidades de investigação.  No mesmo nível, em termos de representatividade setorial, também participa deste projeto a ANIET, a principal Associação Nacional da Indústria Extrativa e Transformadora, e cerca de 15 empresas do setor.

 

Incidindo em diversas áreas como a “resiliência económica”, a “transformação digital”, a “transição ambiental”, a “gestão, empreendedorismo e incubação”, bem como a “investigação, desenvolvimento e inovação” ou “histórica, cultura, património e turismo”, José Calixto reforça que estas são “áreas que necessitam de recursos” e que “permitem aspirar a criar valor, ou seja, não enviarmos o mármore em bruto para outros mercados e voltarem com valor acrescentado”. Assim como permitir o investimento em “tecnologias que possam desenvolver peças mais ligeiras, que sejam colocadas em estruturas em altura, em vez de terem dois centímetros, poderem passar a ter seis milímetros, por hipótese”. Algo que “cria valor, porque torna mais competitivo esse material na colocação em construção civil em altura, por exemplo”, explicou.

 

Como tal, “para isso tem que haver organização também dos agentes, têm que estar todos a remar para o mesmo lado” e “tem que haver uma intenção estratégica comum”, algo que a própria ADRAL “tentará fazer, a par de ações, como é por exemplo a formação de recursos humanos”, onde “há uma grande falha estratégica, se calhar, nos últimos anos” e que “também aí sentimos que há um fator crítico de sucesso, que é encontrar estratégias de obter recursos humanos para esse sector”.

 

Conforme RC pôde apurar, o orçamento total deste projeto é de 59.646.605€, os quais ficam repartidos em 7.727.645€ (12,96%) para Investigação, Desenvolvimento e Inovação, 9.811.800€ (16,45%) para Capacitação de Recursos Humanos, 32.575.000€ (54,65%) em Investimento Produtivo, 2.750000 (4,6%) em Divulgação e Promoção e 6.782.160€ em Qualificação e Internacionalização.  

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