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Alentejano José Cabeça o melhor representante luso no esqui de fundo nos Jogos Olímpicos!

Os três portugueses presentes nos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022 melhoraram os resultados alcançados por atletas lusos nas edições anteriores.

Ricardo Brancal obteve um surpreendente 37.º lugar no slalom gigante, superando o 66.º posto de Arthur Hanse em PyeongChang2018, e foi o 39.º no slalom, um lugar abaixo do 38.º do representante português nos Jogos Olímpicos realizados na Coreia do Sul.

Também no esqui alpino, Vanina Guerillot Oliveira terminou a prova de slalom gigante no 43.º lugar, entre 82 participantes, melhorando o 59.º lugar de Camille Dias em Sochi2014, entre 90 participantes. 

No slalom, a atleta de 19 anos falhou uma porta no início da segunda manga e não concluiu a competição, depois de ter sido 46.ª na primeira descida, entre 88 esquiadoras.

José Cabeça tornou-se o melhor representante luso no esqui de fundo nos Jogos Olímpicos, ao cruzar a meta na 88.ª posição na prova de 15 km estilo clássico, apenas dois anos após o também triatleta ter começado a esquiar.

O atleta, natural de Évora, de 25 anos, terminou a competição, realizada no Centro Nacional de Cross-Country, na zona de Zhangjiakou, em 49.12,0 minutos, a 11.17,2 do vencedor, o finlandês Livo Niskanen, entre 99 participantes.

Antes de José Cabeça, participaram na competição de esqui de fundo, nos 15 km estilo clássico, Danny Silva, 94.º classificado em Turim2006 e 95.º em Vancouver2010, no estilo livre, enquanto Kequyen Lam ficou no 113.º lugar em PyeongChang 2018, no estilo livre.

José Cabeça vincou que para Pequim2022 conseguir a qualificação “já era incrível” e o pensamento está nos próximos Jogos Olímpicos de Inverno, nos quais tem a ambição de se apresentar como “um atleta competitivo”.

Ricardo Brancal, natural da Covilhã, de 25 anos, partiu para a China com a ambição de “igualar ou superar Arthur Hanse, que obteve um ‘top 40’ em slalom [38.º lugar entre 109 participantes, em Pyeongchang2018]”, embora tenha referido que ficar no ‘top 50’, tendo em conta o nível competitivo de várias seleções, seria “já uma grande vitória”.

O esquiador regressou com resultados que admitiu não estar à espera e “boas surpresas” na estreia olímpica, na qual “sentiu” que podia ter tirado segundos ao seu tempo, depois do 39.º lugar na prova de slalom, entre 87 participantes, e do 37.ª lugar no slalom gigante, entre 86 atletas à partida.

O Chefe da Missão de Portugal, Pedro Farromba, salientou que “nunca antes um português tinha feito um resultado destes”, destacando que Vanina Oliveira, José Cabeça e Ricardo Brancal cumpriram o objetivo da comitiva de melhorar as classificações das anteriores edições.

Hanse também esteve presente em Sochi2014, no slalom e slalom gigante, mas não terminou nenhuma das provas.

Em Lillehammer1994, Georges Mendes foi 32.º lugar no slalom, numa prova que contou com 40 atletas, mas os responsáveis salientaram que nessa altura as regras eram diferentes.

Pela primeira vez, a delegação lusa integrou dois atletas nascidos e que fizeram o seu percurso desportivo em Portugal: Ricardo Brancal e José Cabeça, quando em Jogos Olímpicos anteriores os desportistas eram maioritariamente oriundos das comunidades portuguesas no estrangeiro.

Embora a delegação a Calgary1988, com a presença de cinco portugueses no bobsleigh, tenha sido a mais numerosa até hoje, a representação em Pequim2022 contou com três atletas que disputaram cinco provas em duas modalidades diferentes, em esqui alpino e esqui de fundo.

A comitiva lusa vai falhar a cerimónia de encerramento, marcada para domingo, uma vez que foram regressando após as respetivas provas, devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, sendo que os últimos dos nove elementos têm chegada prevista para hoje, em Lisboa.

C/Lusa

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