De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se para os próximos dias um agravamento das condições meteorológicas, com chuva persistente, vento e agitação marítima, salientando-se o seguinte:
− Períodos de chuva, em especial no Norte e Centro, sendo persistente e por vezes forte no Minho e Douro Litoral, ente o final da tarde do dia 24 de dezembro e o final da tarde do dia 25 de dezembro, e na região Centro durante o meio da manhã e a tarde do dia 25 de dezembro;
− Vento a predominar do quadrante sul mais intenso a partir da tarde do dia 24 de dezembro no litoral oeste e nas terras altas da região Sul (40 Km/h), soprando até 50 Km/h e com rajadas da ordem dos 80 Km/h nas terras altas do Norte e Centro
− Agitação marítima com ondulação de sudoeste até 4m na costa ocidental a norte do cabo Mondego, no período 00h-06h do dia 25 de dezembro.
De acordo com a informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), podem ocorrer variações significativas dos níveis hidrométricos nas zonas historicamente mais vulneráveis:
Bacia do Lima – aumento significativo das afluências com impacto no domingo (25DEZ), em especial em Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima; − Bacia do Cávado – aumento significativo das afluências e possibilidade de descargas das barragens de Caniçada e Salamonde, com impacto domingo (25DEZ); − Bacia do Tejo – afluências de Espanha vão manter-se elevadas, bem como as afluências às barragens da sub-bacia do Sorraia.
Em função das condições meteorológicas presentes e previstas é expectável:
− Ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
− Ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
− Instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
− Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública;
− Piso rodoviário escorregadio e formação de lençóis de água.
Assim , a Proteção Civil recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
− Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
− Não se expor às zonas afetadas pelas cheias;
− Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
− Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
− Ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de transbordo dos cursos de água, evitando a circulação e permanência nestes locais;
− Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
− Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
− Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
− Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.