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Alto Alentejo: a região onde o emprego vai à procura do aluno

Segundo o Jornal Expresso, o Alto Alentejo perdeu mais de 13.500 habitantes nos últimos 10 anos, uma realidade que vai ao encontro da tendência de declínio populacional em toda a região do Alentejo. Esta última é a região mais despovoada do país, segundo o censo de 2021. A exceção a esta regra encontra-se em Odemira, onde as maiores cidades foram eleitas devido ao aumento da imigração para atividades agrícolas, espelho de como o dinamismo económico local é fundamental para atrair mais pessoas. No distrito de Portalegre, Luís Loures acredita que o politécnico que dirige ajuda a “reter os jovens” e que “é o principal contribuinte líquido para a captação de jovens”. “Cerca de 70% dos nossos alunos vêm de fora do Alentejo”, refere o reitor da instituição de ensino superior.

Se considerarmos o número de habitantes da capital distrital, cerca de 22.000, entre estudantes e funcionários, o Instituto Politécnico de Portalegre representa 20% do capital humano da cidade. No entanto, o desafio é reter os jovens que ali se formam, missão que Luís Loures tem procurado concretizar criando oportunidades de formação intimamente ligadas à economia real. “Temos unidades de investigação a par da nossa formação e através destes projetos facilitamos aos alunos o desenvolvimento das suas competências em investigação e inovação”, sublinhou. Adicionalmente, a proximidade a empresas como a Delta ou a Softinsa (subsidiária da IBM) permite-lhe absorver alguma da mão-de-obra qualificada da área. “Em muitas áreas [do ensino] não são os estudantes que procuram emprego, são os empregos que procuram os estudantes. Isso é uma vantagem”, acrescenta Luís Loures.

Organizacionalmente, a proximidade com centros acadêmicos é vista como estratégica em um momento em que a escassez de talentos é um problema real. Henrique Mourisca disse que a Softinsa pretende contratar 15 a 20 pessoas por ano para o centro de inovação no campus do Politécnico de Portalegre. “Existe uma procura [de talento] no mercado e não temos limites em termos de negócio [para recrutar mais trabalhadores]”, garante o director-geral. A Delta, que nasceu e cresceu em Campo Maior, considerou “importante” manter a sua sede nesta zona do país e assegurar a continuidade do emprego local. “Nos últimos dois anos investimos mais de 20 milhões de euros nas nossas unidades produtivas da região com vista ao crescimento”, refere Miguel Ribeirinho do Departamento de Assuntos Corporativos da empresa.

 

Leia a notícia completa em: Expresso

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