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Apaixonado pelo Alentejo, empresário alemão investiu 6,5 M€ num projeto de enoturismo

Depois de vender o negócio da família à Louis Vuitton, empresário divide a sua atenção entre a construção de aviões na Suíça e nos EUA e os vinhos da Vidigueira. Thomas Morszeck, filho de Dieter Morszeck, foi o primeiro a perder-se de amores pelas paisagens da Vidigueira. Depois, convenceu o pai a ir até lá. Pouco tempo depois comprava a Quinta do Paral.

Veio de visita a Portugal e ficou agradavelmente surpreendido com o que que por cá encontrou. Thomas Morszeck, filho do empresário alemão Dieter Morszeck, foi o primeiro a perder-se de amores pelas paisagens da Vidigueira. Ficou de tal maneira encantado com o que viu que convenceu o pai a ir até lá. Pouco tempo depois, o executivo, que fez fortuna com a venda de malas de viagem Rimowa, um negócio fundado pelo avô, Paul Morszeck, em Colónia, em 1898, comprava a Quinta do Paral.

“O Alentejo é muito autêntico, é o Portugal puro. O povo, aqui, é um pouco lento, mas isso acaba por ser positivo. Aqui há uma vida boa, há tranquilidade”, elogiou, em declarações exclusivas ao Modern Life/SAPO Lifestyle Dieter Morszeck. Depois da aquisição da propriedade, avançou de imediato para a construção de uma nova adega, começou a produzir vinho(s) e prepara-se agora para arrancar com as obras de construção de um hotel de luxo e de um restaurante.

“Podia ter escolhido outra região vitivinícola no mundo, como a Borgonha, a Toscânia, a Ribera del Duero, mas o meu filho Thomas trouxe-me até aqui, ao Alentejo, e esta foi a região eleita”, diz ao Expresso.

“Os nossos hóspedes vão descobrir que o Alentejo é um sítio bom para relaxar, para comer uma boa comida, para beber um bom vinho, para conversar… Aqui, não há discotecas, só há terra. Esta região é muito parecido com a Toscânia [em Itália]. As pessoas vão poder ler um livro, vão poder comunicar umas com as outras. É um sítio tão puro que conseguimos perceber que as pessoas que vivem muito alegres. Não têm stresse”, refere o empresário germânico. “Lisboa é uma cidade muito internacional e o Algarve tem um tipo de turismo muito diferente”, considera o investidor.

O luxuoso e requintado Quinta do Paral Boutique Wine Hotel, que conta com 23 habitações, um restaurante de cozinha alentejana que terá a consultoria do chef José Júlio Vintém, uma piscina biológica, uma horta, um pomar, áreas ajardinadas e um espaço para eventos, representa um investimento de 6,5 milhões de euros. A futura unidade hoteleira, que pode ficar a conhecer na galeria de imagem que se segue, tem a abertura prevista, em regime de soft opening, no final de 2022.

Atrair hóspedes com um elevado poder de compra, habituados a deslocarem-se de helicóptero e em aviões privados, é a pretensão de Dieter Morszeck. E, apesar do interior do Alentejo, estar (muito) longe de ser um destino mediático, o empresário germânico está confiante. “Já vi aqui no Alentejo muitos franceses, que são pessoas que gostam muito de comer e beber bem e de viver. Isto vai ter futuro! Mas o Alentejo, na Alemanha, não é muito conhecido”, reconhece, contudo.

“O vinho Mateus é bem conhecido por lá, o vinho verde do Douro também. Os vinho do Alentejo quase ninguém conhece os conhece, mas são uma surpresa. Aqui há muito mineral, há uma terra boa para o vinho. Eu estou muito feliz porque os vinhos velhos que estamos a produzir, os reserva, têm tido muito sucesso no exterior. Vão ser um sucesso”, vaticina o empresário, um apaixonado por aviação, que em 2016 vendeu a Rimowa ao grupo LVMH, dono da Louis Vuitton.

In: Expresso e Sapo LifeStyle

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