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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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“As IPSS estão com dificuldades pois as respostas no Alentejo não custam o mesmo que noutros territórios” diz Tiago Abalroado, Pres. da UDIPSS(c/som)

A UDIPSS-Évora (União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Évora) , em conjunto com os demais representantes do Setor Social e Solidário do Distrito de Évora, nomeadamente os Secretariados Distritais da União das Misericórdias, representada pelo Provedor Manuel Galante  e a União das Mutualidades Portuguesa, representada por Vítor Godinho, reuniu hoje em Vila Viçosa com a deputada do PSD à Assembleia da República pelo Círculo Eleitoral de Évora, Sónia Ramos.

Este encontro, realizado a pedido da Deputada, serviu para promover um momento de partilha acerca dos desafios que o setor social enfrenta nos dias de hoje, com particular incidência na relação de cooperação mantida com o Estado Português. A Rádio Campanário falou com Tiago Abalroado, presidente da UDIPSS, sobre as conclusões desta reunião.

O responsável começou por nos referir “foi uma reunião bastante positiva, na qual pudemos partilhar aquelas que são as nossas visões e os desafios que o setor enfrenta.”

O Presidente da UDIPSS referiu igualmente “colhemos da deputada do PSD a vontade de colaborar e de ouvir o sector da região” destacando ainda “transmitimos-lhe as nossas preocupações para que as mesmas possam ser levadas à Assembleia da República.”

Depois de dois anos de pandemia, período em que o sector social foi um dos mais fustigados, Tiago Abalroado referiu que, nesta reunião, foram abordados três problemas identificados como os que mais preocupam as IPSS.

O primeiro problema apontado pelo responsável, é desde logo, o que surge devido à conjuntura que enfrentamos salientando “o aumento da inflação, a diminuição nos rendimentos das famílias e todo o cenário de alguma instabilidade do ponto de vista económico.”

Para Tiago Abalroado “existe do lado das Instituições uma enorme dificuldade em garantir a própria sustentabilidade” justificando que o Estado “comparticipa num montante insuficiente nas respostas que são comparticipadas para fazer face ás necessidades.”

Apesar das dificuldades, o Presidente da UDIPSS refere “não podemos esperar muito do orçamento de estado pois como sabemos ele é finito, logo não podemos estar à espera que seja o estado a salvar o sector.”

Nesta reunião foi ainda abordada a questão da lei da gratuitidade das creches, pois a medida, a implementar nos próximos três anos, não tem ainda valores atribuídos para o setor(comparticipação do estado para as IPSS).

Por último, Tiago Abalroado referiu que o último tema abordado foi “a necessidade de existir uma diferenciação positiva na comparticipação pública às respostas do interior.”

Sobre esta matéria destaca “as nossas respostas sociais no Alentejo não custam o mesmo que as nossas respostas sociais em Lisboa ou no litoral “sublinhando que um dos desafios do setor, neste momento, é “a disparidade de custos entre respostas sociais em função das características do território.”

Para o Presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Évora, o ideal nesta medida seria “redesenhar o modelo de cooperação em Portugal assente numa diferenciação em função do território pois devia tratar-se forma diferente o que é diferente, através da aplicação de uma majoração dos financiamentos.”

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