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Sábado, Abril 20, 2024

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“As populações são muito mais exigentes com os autarcas socialistas do que com os autarcas comunistas”, afirma Capoulas Santos sobre o desafio do PS em Montemor (c/som)

Presente na cerimónia de tomada de posse órgãos autárquicos eleitos em Montemor-o-Novo, onde o PS ganhou pela primeira vez em democracia as eleições, Capoulas Santos, deputado da Assembleia da República pelo PS, afirma que esta vitória “significa muito para Montemor”, pois “ao fim de 45 anos verifica-se aqui a alternância democrática, que é a essência da democracia”.

 

Para Capoulas Santos, “não é normal que um partido esteja 45 anos no poder”, tendo tipo esse tempo “para executar, para defender o seu projeto e eu digo-o com particular emoção porque eu fui precisamente o primeiro candidato a presidente da câmara aqui nas primeiras eleições autárquicas, e longe de mim pensar que precisaria viver mais 45 anos para assistir à mudança que agora se verificou”.

 

Segundo o deputado, essa mudança “assenta em primeiro lugar no mérito dos candidatos e do seu programa”, sendo que “estou certo de que sobre eles recai agora uma enorme responsabilidade, porque normalmente as populações – e digo isto por experiência e conhecimentos próprios – são muito mais exigentes com os autarcas socialistas do que normalmente são com os autarcas comunistas”. Acrescentando estar “convencido que se em Montemor, nestes 45 anos, tivessem exercido maiorias do PS, há muito que tria perdido as eleições”.

 

Apesar disso, acredita que “se vive um clima de festa, de satisfação geral da população”, pelo que “é agora um novo ciclo político, que eu desejo que seja um ciclo inclusivo”, afirma Luís Capoulas Santos, certo de que “Olímpio Galvão e a sua equipa não farão uma gestão sectária da Câmara, muito pelo contrário”. “Farão uma gestão em que todos tenham lugar, os que ganharam e os que perderam, em torno, obviamente dos principais compromissos que assumiram, mas acolhendo sempre as propostas da oposição”, pois “nenhuma maioria tem sempre o monopólio da razão”.

 

Questionado sobre a oportunidade de reafirmar a democracia a partir dessa inclusão, o socialista sublinha que “nem sempre Montemor foi um exemplo em termos de vivência democrática”, por isso, “espero que os erros a que assistimos e que vimos outros cometer não sejamos nós agora repeti-los, porque isso seria indesculpável”.

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