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Quinta-feira, Março 28, 2024

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Associação Ambiental acusa fábrica de Fortes de continuar a poluir e garante que investimento não eliminou o problema (c/som)

Rosário Silva/Renascença

A Associação Ambiental dos Amigos de Fortes, em Ferreira do Alentejo, acusa a fábrica de secagem de bagaço de azeitona da AZPO – Azeites de Portugal, de não ter eliminado a emissão de gases poluentes, e garante que mesmo depois do investimento da empresa para tentar minimizar os impactos ambientais as queixas da população continuam a surgir, disse à Campanário a presidente da associação ambiental, Fátima Mourão.

Para a Associação Ambiental, criada no seio da população descontente com a poluição do ar, as obras impostas pelo licenciador para a empresa poder retomar a laboração “não foram suficientes”. Mesmo a laborar com apenas uma chaminé mais alta, trata-se de “um vapor tão particuloso que continua a poluir a aldeia com fumos”, acrescenta Fátima Mourão.

Questionada sobre o entendimento entre a Associação Ambiental e a administração da empresa, a responsável assegura que “de facto não tem sido cumprido”, mesmo depois de o presidente do grupo espanhol Migasa, António Gallego, ter garantido aos ambientalistas que “a fábrica não trabalharia até mais do que finais de março”. Contudo, a laboração que seria para interromper em março “passou para abril e depois a administração disse que precisava de fazer melhorias, mas com esse pretexto estão a trabalhar até hoje”, atirou a responsável pelo movimento ambientalista de Fortes.

Sobre a monitorização do ar, feita pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Fátima Mourão lamenta que os aparelhos para realizar o estudo não tenham vindo logo na reabertura da fábrica em novembro de 2018. Chegaram “no dia 22 de maio e passado um dia a fábrica parou a sua laboração”, retomando a 18 de junho, tendo a fábrica passado o inverno sem monitorização a este nível, disse a responsável caraterizando os acontecimentos como “uma verdadeira caça entre gato e rato”.

Para a Fátima Mourão a solução passa por “parar a laboração”, pelo menos até “se encontrarem medidas” ou “filtros adaptados a este tipo de fábrica”, pois a população que vive a menos de 300 metros passa os dias “à mercê dos ventos”, que tanto podem trazer os ares poluídos em direção à aldeia ou empurrar o vapor para lá das habitações, disse à RC.

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