Em nota, a Associação de Desenvolvimento Montes Claros, de Borba, refere que “pode vir a coordenar o Projeto de Novo Jardim Botânico no Uruguai”.
Segundo a nota, “o projeto foi apresentado por quatro ONGs no âmbito da convocatória europeAid/168002/DDD/ACT que tem como objetivo específico aumentar a participação das OSC (Organizações da Sociedade Civil) em ações que contribuem à geração de emprego e renda com especial atenção às pessoas, micro e pequenas empresas que sofreram o impacto da pandemia do covid-19. As ações devem contribuir para o desenvolvimento económico sustentável e, ao mesmo tempo, contribuir para o combate às mudanças climáticas, adaptação e mitigação de seus efeitos adversos e/ou conservação do meio ambiente.
As quatro ONGs são formadas por profissionais altamente especializados em diferentes setores: paisagem, biologia, economia, agricultura, antropologia, geografia e tantos outros que, unidos, apresentaram o projeto denominado “JARDIM BOTÂNICO DE TACUAREMBÓ”. O jardim botânico será construído no departamento de Tacuarembó no Uruguai e, além de criar novas fontes de renda e oportunidades de emprego direto e indireto à população local mais afetada pela pandemia do covid19, proporciona o uso sustentável do território através da educação ambiental, a promoção do ecoturismo e a criação de um lócus propício para o desenvolvimento de atividades científicas.
Atualmente existe no Uruguai apenas um jardim botânico, na cidade de Montevideo. O novo jardim botânico previsto no departamento de Tacuarembó, a 390 km ao norte de Montevideo, poderá abrigar mais de 1500 espécies vegetais a céu aberto. A importância da preservação da biodiversidade, no departamento de Tacuarembó, está associada à necessidade de preservar dois reservatórios de recursos naturais de enorme valor e relevância estratégica: o Aquífero Guarani (a principal reserva de água doce do planeta depois da Antártica) e o denominado “corredor biológico das quebradas do norte” (reserva da biosfera pela Unesco). O Aquífero Guarani abrange quatro países (Uruguai, Argentina, Brasil e Paraguai) e, embora apenas 3,3% no território uruguaio, essa percentagem é essencial para sua recarga. É importante conhecer, cuidar, gerenciar e monitorar a capacidade desses reservatórios para a sobrevivência das atuais e futuras gerações. Para a implantação do jardim botânico, o departamento de Tacuarembó no Uruguai já cedeu, em regime de comodato, um terreno de 20 hectares a 5 km do centro da cidade e próxima ao Jardim Zoológico desta localidade.
As ONGs envolvidas têm sede no Uruguai, departamento de Tacuarembó (AGUITA) e departamento de Paysandú (GENSA), na Itália (PROTIPICOL) e em Portugal (ADMC). Essa união confirma os esforços para a salvaguarda do planeta Terra que nos hospeda, e a nossa responsabilidade em relação às futuras gerações”.
