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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Aumentos das Temperaturas Vão ‘Assar’ a Península Ibérica alerta Cientista

Um estudo da Universidade de Aveiro, prevê, até 2100, aumentos da temperatura média de 2 a 3 graus na Península Ibérica, ao longo de todo o ano, o suficiente para causar graves impactos no meio ambiente e, por consequência, na saúde pública.

Em Portugal há mesmo regiões que poderão registar aumentos de 4 a 5 graus centígrados nas máximas diárias. É de notar que o Alentejo é a região que sofre mais com as ondes de calor durante o Verão.

As temperaturas da Península Ibérica vão aumentar de forma “muito preocupante” durante este século, alerta o  investigador David Carvalho, que adianta ainda que “daqui a algumas décadas poderemos ter 3 meses por ano onde as temperaturas máximas diárias são acima de 40 ºC, se bem que esta tendência é mais predominante no centro-sul de Espanha e não tanto para Portugal”

 O cientista do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA, antevê que “o número de dias por ano com temperaturas máximas acima dos 40 graus centígrados poderão aumentar até cerca de 50 dias por ano no final deste século”. Aumentos que, a acontecerem, “trarão de certeza consequências significativas para a saúde humana, mas principalmente para o meio ambiente e em áreas como a agricultura, os fogos florestais, a desertificação ou a seca,” avisa.

É urgente reduzir a emissão de gases

A emissão para a atmosfera de grandes quantidades de gases com efeito de estufa, como é o caso do dióxido de carbono e do metano, refere o cientista do CESAM, “são as principais causas para o aumento de temperatura que estamos já a assistir, e que serão amplificadas nas próximas décadas”.

As soluções para contrariar as subidas do termómetro são já conhecidas, mas David Carvalho sublinha-as mais uma vez: “apostar fortemente numa descarbonização do modelo socioeconómico em que vivemos, ou seja, usar meios de produção de energia que não impliquem a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera, apostar também num uso mais eficiente dos nossos recursos energéticos e evitar a necessidade de produção de tantos bens de consumo”.

“O único caminho a seguir será gastar menos energia e recursos e ao mesmo tempo gerar a energia de que necessitámos sem emissão de gases com efeito de estufa”, resume David Carvalho.

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