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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Baixo Alentejo queixa-se de “injustiça” e exige reforço da verba do Programa de Apoio à Redução Tarifária (C/som)

A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) mostra-se preocupada com “a forma injusta” de como o Governo determinou a distribuição das verbas do Fundo Ambiental ao abrigo do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), disse à RC o presidente do conselho intermunicipal, Jorge Rosa.

De acordo com o autarca de Mértola que preside o conselho intermunicipal a distribuição do financiamento é “muito injusto porque os maiores poluidores, Lisboa e Porto, são os que têm 88 milhões dessa verba”, em que dos 10 milhões de euros que sobram de financiamento a tutela direcionou 246 mil para o Baixo Alentejo.

No entanto “não podemos deixar de ter em conta que são precisamente essas zonas de interior, mais concretamente a zona da CIMBAL, que têm a menor cobertura de rede de transporte publico” e portanto “são aqueles que necessitam de mais investimento para conseguirem ter uma rede pública de transportes mais eficiente e mais eficaz”, acrescentou Jorge Rosa.

Nesse sentido a Comunidade Intermunicipal exigiu esta quarta-feira, 17 de abril, ao Governo através de uma moção que sejam “reforçadas as verbas” atribuídas à região, uma vez que o financiamento é obtido “por zonas do país que menos gases tóxicos transmitem para a atmosfera” e que, neste caso, “acabam por ser essas zonas mais limpas que têm menos fundo distribuído para o programa redução tarifária”, realçou.

Entre os autarcas do Baixo Alentejo a decisão de tornar pública a moção foi tomada por “unanimidade”, uma vez que todos os presidentes de Câmara “sentem a necessidade e a injustiça de ser uma zona ambientalmente muito mais limpa, tendo direito a mais verba do Fundo Ambiental, e depois acabarem por ser beneficiados os maiores poluidores”.

Questionado sobre o valor da verba reivindicada pelos autarcas, Jorge Rosa refere que mediante “a aplicação da fórmula por parte dos consultores daria um valor de cerca de 2 milhões”, mas em vez disso foi direcionada a verba de 246 mil euros para o Baixo Alentejo, algo que “vai ter um impacto muito pequeno” depois de dividido pelos 13 municípios sendo que grande parte está destinada a Beja “por ser autoridade de transportes”.

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