Realizou-se hoje de manhã em Borba o Concurso Regional do Rafeiro do Alentejo, na Fonte das Bicas, na sequência das celebrações da Festa da Vinha e do Vinho de 2022.

A Rádio Campanário tomou a oportunidade para colocar algumas perguntas a Ricardo Romão, o organizador do evento, que visa a promoção da raça.

“Não fazíamos aqui um concurso há 9 anos. A intenção é trazer cães de criadores e de pessoas que na região queiram participar (com os seu cães). Temos um juíz do clube português de canicultura.”

O responsável acrescenta ainda que se pretende “que seja um momento de divulgação da raça e de preservação daqueles cães que existem regionalmente, porque esses cães devem incluir-se na raça e nos criadores.”

Mas este garante que o rafeiro do Alentejo já não é apenas uma raça popular em Portugal. “O rafeiro do Alentejo atravessa um muito bom momento. O número de animais registados tem sido estável. Tem havido muitas novas pessoas interessadas na raça e temos tido muitos criadores ativos. Temos tido uma aceitação muito boa do estrangeiro, que gostam da raça e que a querem levar para o estrangeiro.”

Ricardo Romão não deixa que se reduza a imagem da raça ao cão pachorrento que muitos imaginam. Este trata-se de um animal que já caçou ao lado de Reis da nossa nação, dizendo “O rafeiro do Alentejo é um cão de grande porte e antes de haver as definições da várias raças já o cão era utilizado como cão de guarda de rebanhos e como animal de caça, sobretudo na caça maior. É um cão com boa capacidade física e leal.”

Concluindo que “(Hoje) continua a ser um cão de proteção de rebanho. É um cão excelente para guardar quintas. Queremos sempre trazer pessoas que trabalham com este cães diariamente e queremos que esses cães sejam identificados porque é a maneira de conseguirmos ter uma tipificação melhor da raça.”

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