A Câmara de Évora vai apresentar uma queixa-crime no Ministério Público (MP) contra desconhecidos pela vandalização de placas identificativas da cidade, de sinalética e de postes com bandeiras do centenário do PCP.
Segundo revela o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, “o município, como é seu habito e até obrigação, é a lei que o determina, apresentará uma queixa-crime contra desconhecidos por estes atos”, disse à Lusa.
Foi durante o fim de semana passado que ocorreram os atos de vandalização de várias placas identificativas de Évora nas entradas da cidade, em que foram inscritos nomes de países como “China e Venezuela”.
Foi igualmente vandalizada “sinalética de outro tipo” e foram “derrubados postes com bandeiras do PCP” que tinham sido colocados para assinalar o centenário do partido, adiantou Carlos Pinto de Sá à Lusa.
Pinto de Sá referiu que a autarquia já recolheu elementos sobre os atos de vandalismo e “está a preparar” a queixa-crime para a entregar no MP.
“São ações antidemocráticas que estão inseridas numa campanha de intolerância, notícias falsas, ódio e tentativa de descredibilização, que vem crescendo, em particular, nas redes socais”, realçou.
Segundo avança a Lusa, o presidente da Câmara de Évora confessou que estes atos são, “claramente de extrema-direita e mesmo de caráter fascizante”.
Pinto de Sá admitiu que os atos de vandalismo em Évora podem estar relacionados com as iniciativas do PCP para assinalar o seu centenário, de entre as quais a colocação de bandeiras do partido na cidade.