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Câmara de Grândola organiza Simpósio de Escultura em Pedra com Jorge Pé-Curto, Paulo Neves e Vítor Ribeiro

A arte, o objecto artístico, a escultura materializa no plano simbólico ideias, valores, memórias, e identidades sociais e culturais. A intervenção artística no espaço público, a escultura e a sua relação com as particularidades do local que a acolhe constituem um referencial da paisagem urbana, indissociável das dimensões social, cultural, identitária e da sua vivência e apropriação significante pela população.

Na sequência da organização, em Maio de 2018, de uma Exposição Colectiva de Escultura em Grândola, a Câmara Municipal decidiu organizar, um Simpósio de Escultura em Pedra, que irá decorrer entre os dias 16 e 30 de Setembro, com a participação de três reconhecidos escultores portugueses que, em espaço aberto ao público, irão criar três esculturas de pedra a instalar em Grândola, no Carvalhal e em Melides que contribuirão para valorizar os espaços públicos do ponto de vista artístico, estético, identitário e patrimonial.

No decurso do simpósio o público terá oportunidade de acompanhar o processo de criação das esculturas e os escultores promoverão acções de informação e sensibilização sobre escultura, dirigidas aos alunos dos estabelecimentos de ensino e ao público em geral.

A realização do simpósio em espaço aberto – exterior do Complexo Desportivo Municipal José Afonso – e as actividades complementares, contribuirão para despertar o interesse da comunidade pela arte, motivar os mais jovens para a criatividade artística e constituem, sem dúvida, um importante projecto cultural, inédito na política cultural do Município de Grândola, demonstrativo da importância do investimento na cultura e nas artes como factor de desenvolvimento com impacto social, cultural, patrimonial e turístico.

Jorge Pé-Curto 

Nasceu em 1955, em Moura. Vive em Almada desde 1965. Aos dez anos começou a frequentar o Centro Artístico Infantil, no Castelo de S. Jorge, de que era mentor o pintor Hermano Baptista. Estudou escultura na Escola António Arroio como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1981, juntamente com outros artistas, fundou em Almada, a IMARGEM, projecto que, entretanto, viria a abandonar. Foi professor do ensino oficial durante 17 anos. Como artista plástico desenvolveu actividade na cerâmica, pintura, design de cartaz e gravura, mas seria na escultura em pedra, que viria a centrar o seu trabalho. Participou desde 1972 em diversas exposições coletivas em galerias, instituições, espaços comerciais e mostras escultóricas ao ar livre. Alguma da sua arte pública: Monumento ao Homem do Mar, Feijó, Almada, 2010; Construção Dinâmica, Simpósio de Escultura, Braga, 2008; Figura Cindida com Ave, Simpósio de Escultura em Pedra da Faculdade de Ciências Técnicas – UNL, Monte de Caparica, 2006; Monumento ao Pescador, Costa da Caparica, 1985; Evocação de Fernão Mendes Pinto, em colaboração com Francisco Bronze, Almada, 1984. Expõe individualmente desde 1984, algumas destas exposições: Galeria de S. Bento, Lisboa, 1993; Galeria Vértice, Lisboa, 1996; Galeria S. Francisco, Lisboa, 1998; Galeria Galveias, Lisboa, 2002; Perve Galeria, Lisboa, 2011; Galeria de Arte do Casino Estoril, 2011; Galeria São Francisco, Lisboa, 2012. A sua obra está presente em diversas coleções privadas.

Paulo Neves 

Nasceu em 1959. Embora tenha frequentado a Escola de Belas Artes do Porto, a sua aprendizagem é, na tradição moderna europeia, exclusivamente autodidacta. Partiu muito jovem à descoberta do mundo, conheceu artistas, visitou museus, descobriu outros mundos, experiência sem dúvida determinante para a obra que viria a realizar. Durante a década de 90 do séc. XX, revelaria a sua maturidade artística, afirmando-se hoje como um escultor internacional de referência nacional incontornável. Com peças em diversas coleções portuguesas, Paulo Neves está também representado nos Estados Unidos, França, Espanha, Brasil, Holanda, Bélgica, Roménia, Austrália, Marrocos e Alemanha. A expressão morfológica das suas peças apela ao expressionismo e ao barroco, embora a sua linguagem pareça totalmente original, construída à margem dos movimentos e tendências estéticas do seu tempo.

Vitor Ribeiro 

Nasceu no Porto em 1957. Frequentou os ateliês de desenho, pintura e escultura do Ar.Co, tendo concluído a sua formação em escultura em 1985. Está representado em instituições e coleções como: Museu Machado de Castro, Coimbra; Museu Santa Maria da Vitória, Batalha; Comissão Coordenadora da Região Norte, Porto; Câmara Municipal de Almada; Fundação Mário Soares, Leiria; Câmara Municipal de Albufeira; Presidência da República do Uruguai; Iwate Park, Japão; Amsterdiem Museum of Modern Art, Amesterdão. Em 1999, recebeu o 1º Prémio da Association Internationale des Artes Plastiques / UNESCO.

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