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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Carlos Pinto Sá: “Évora não é a cidade limpa que queremos que seja”

“Évora não é a cidade limpa que queremos que seja”. Quem o diz é Carlos Pinto Sá, presidente da Câmara Municipal de Évora. O autarca reconheceu, durante uma entrevista à Rádio Campanário, que existe um problema na limpeza urbana da cidade que está longe do objetivo, referindo que é algo que se deve a “equipamento muito velho e trabalhadores insuficientes” mas, essencialmente pela mudança de comportamento dos próprios cidadãos.

“É algo que se vê em todo o Alentejo. Antes, as pessoas tratavam do seu espaço público, comportamento que se tem vindo a perder. Há a ideia de que deve ser a Câmara Municipal a tratar do assunto”, afirmou, salientando que “as Câmaras Municipais têm um papel fundamental na limpeza, mas é algo que tem de ser da responsabilidade de todos.”

De acordo com o edil, só no último ano, foram recolhidos mais de quatro mil depósitos ilegais de lixo, o que significa que “há dezenas de depósitos ilegais a serem feitos diariamente”. Para combater este problema, foram criadas brigadas que, após a recolha do lixo dos contentores, voltam a passar pelos locais para recolher detritos que tenham ficado nas bermas ou amontoados fora dos recipientes próprios.

Ainda assim, Carlos Pinto Sá faz a distinção entre a higiene e a limpeza das ervas. “Ervas não são lixo”, reiterou, justificando que o alastramento destas nas vias se deve ao facto de terem sido retirados os herbicidas prejudiciais à saúde, não tendo ainda sido encontrada uma alternativa que permita responder ao problema no tempo ideal.

Durante a entrevista, o autarca abordou ainda a questão da criminalidade, confirmando que podem existir em Évora  situações que gerem a sensação de insegurança, mas deixou claro que os atos criminosos têm diminuído. “Em 2013, o concelho registou 1842 crimes. Em 2021, registaram-se menos 37,7% das ocorrências, o que significa que a criminalidade está a descer fortemente no concelho”, esclareceu, acrescentando que é necessário que a PSP tenha mais agentes na cidade, para evitar que volte a aumentar. “Precisamos também que se possa agir de forma eficaz. Que quem comete as infrações possa receber as devidas consequências pelos seus atos”, rematou, acrescentando que essa falta de consequências “desmoraliza quem trata de identificar os autores dos crimes”.

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