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Quinta-feira, Março 28, 2024

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Ceia da Silva espera que “para que em finais de setembro, meados de outubro, o novo Quadro Comunitário esteja aprovado” (c/ som)

Foto: Rádio Campanário

A Rádio Campanário esteve presente na inauguração da 36ª edição da Feira de Artesanato e Gastronomia e do Festival de Crato e à margem deste evento conversou com o Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, Dr. Ceia da Silva, que questionámos sobre o impacto da construção da Barragem do Pisão sobre o paradigma de vida da localidade e da respetiva região.

A esta questão o Presidente da CCDRA respondeu que se trata de facto de uma grande vitória dos últimos tempos e que esta construção irá refletir-se em novas colheitas, à semelhança aliás do impacto de Alqueva sobre a região, e em toda uma nova dinâmica na agricultura.

Trata-se, segundo Ceia da Silva, de um investimento importante sobretudo no contexto do abastecimento de água, dada a forte necessidade de água e tendo em conta que este será um setor prioritário nos próximos anos. “O Secretário Geral das Nações Unidas bem tem falado da necessidade de água e da necessidade de lutar em relação às alterações climáticas para não perdermos o bem preciosíssimo que é a água“, reforça Ceia da Silva.

A CCDRA é, segundo o Presidente, a entidade que deve exercer a coordenação política de todo o território em articulação com as instituições sociais, as universidades, os politécnicos, os empresários e com todos os agentes do território; fazer portanto a ligação entre os vários agentes e é nesse sentido que a CCDRA tem procurado desenvolver o seu trabalho, sendo, de facto, um pilar fundamental no desenvolvimento económico da região.

Questionado sobre as dificuldades com as quais se tem deparado desde que está à frente dos destinos da CCDRA, há pouco mais de 1 ano, o Presidente responde que as “dificuldades só existem para nós as ultrapassarmos“, acrescentando que os últimos tempos têm sido momentos complexos, devido à pandemia por COVID-19 e à Guerra da Ucrânia, que bastante tem afetado economicamente a região e por consequência são circunstâncias que dificultam também o trabalho do Presidente da Comissão.

A título de exemplo Ceia da Silva refere que uma empreitada que custava há 2 anos 1 milhão de Euros, custa agora 1,5 milhão, fator que representa uma grande dificuldade para a região, nomeadamente para promotores e executores, pois “não há pessoas para trabalhar e muitos concursos ficam desertos.

Quanto à aprovação do Quadro 2030 e interrogado sobre o ponto da situação, o Presidente da Comissão diz-nos que decorreu precisamente ontem uma reunião de preparação para a reunião com a Comissão Europeia, que irá ter lugar no próximo dia 7 de setembro, referindo que “foi uma manhã muito produtiva, em que estivemos a ver e a estabelecer as principais respostas a remeter e a dar à Comissão Europeia, para que em finais de setembro, meados de outubro, o Quadro esteja aprovado.”

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