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Centro de Investigação MARE de Évora integra estudo do mar em Portugal!

Em terra e no mar, o oceano é estudado em Portugal por centros de investigação desde o Algarve aos Açores, envolvendo centenas de cientistas em trabalhos sobre preservação de recursos marinhos, aquacultura sustentável, alterações climáticas e bioprodutos com aplicações diversas.

Para um roteiro das instituições científicas portuguesas ligadas ao mar – a propósito da Conferência dos Oceanos da ONU, que se realiza de 27 de junho a 01 de julho, em Lisboa – a Lusa baseou-se em informação que consta no Atlas das Unidades de Investigação 2022, editado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, e nas páginas oficiais das instituições na internet.

O Laboratório Marítimo da Guia, no concelho de Cascais, é hoje um polo do Mare – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e o mais antigo centro de investigação deste roteiro.

Situa-se no Forte de Nossa Senhora da Guia, uma fortificação militar seiscentista erguida numa falésia de Cascais que, depois de desativada em finais do século XIX, foi cedida em 1941 à Universidade de Lisboa, que reativou o laboratório como unidade de investigação e ensino em 1975 e hoje o mantém como polo do Mare, centro de investigação que agrega sete unidades – em Lisboa, Coimbra, Évora, Leiria e Madeira – que reúnem cerca de 200 investigadores.

O seu trabalho visa promover a “alfabetização oceânica” e o “estado saudável” de oceanos, mares, estuários, rios e bacias, bem como desenvolver “conhecimento científico e tecnologia sólida para ajudar a fornecer alimentos e outros recursos bióticos e não bióticos à sociedade” e “ferramentas científicas e tecnológicas para a sustentabilidade do uso de água doce, estuários e ecossistemas marinhos”.

Também criado em 2015, o Okeanos é um centro de investigação marinha ligado à Universidade dos Açores onde trabalham 31 cientistas.

O seu foco de estudo tem sido o oceano Atlântico, incluindo ecossistemas marinhos de águas profundas, como fontes hidrotermais e montes submarinos, e fauna vulnerável, como tubarões, tartarugas, golfinhos, baleias e aves marinhas.

O centro, localizado na cidade da Horta, na ilha do Faial, beneficia de instalações da Universidade dos Açores e do Imar – Instituto do Mar.

Fundado em 1991, o Instituto do Mar, que tem como membros associados as universidades dos Açores, Lisboa, Évora, Coimbra e Porto, propõe-se “contribuir para a produção de conhecimento, transmissão e difusão científica sobre os oceanos”, dispondo de várias embarcações e equipamentos de investigação científica.

Em Matosinhos fica o Ciimar – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, que integra 179 cientistas. A sua linha de investigação inclui a aquacultura sustentável e a segurança alimentar, a conservação dos recursos marinhos e novos produtos com aplicação na biorremediação, em cosméticos, medicamentos, comida, tintas e revestimentos.

O Cesam – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, em Aveiro, conta com 214 investigadores e tem estudado o impacto da contaminação por plásticos, dos fenómenos meteorológicos extremos e das alterações climáticas.

Laboratório do Estado com sede em Lisboa, o Instituto Hidrográfico faz parte da Marinha e a sua origem remonta a 1960. Tem uma série de embarcações e equipamentos para o levantamento de dados hidrográficos, oceanográficos e geológicos.

Também laboratório do Estado, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que faz previsões do estado do tempo e para a navegação e monitoriza a atividade sísmica e o clima, tem áreas de investigação dedicadas exclusivamente à geologia marinha, às pescas e ao mar.

A Universidade de Évora alberga o Ciemar – Laboratório de Ciências do Mar, que se tem debruçado em particular sobre a biologia e a poluição na região costeira do Alentejo, estudando a abundância de peixes, algas, crustáceos e moluscos.

No Algarve existem duas unidades de investigação: o CCmar – Centro de Ciências do Mar, onde trabalham 120 cientistas, e o CIMA – Centro de Investigação Marinha e Ambiental, que tem 47 investigadores. Ambos estão associados à Universidade do Algarve.

O CCmar procura estudar os efeitos do clima, da pesca, da poluição, das espécies invasoras e da alteração do ‘habitat’ na biodiversidade e explora novos compostos para bioprodutos.

O CIMA – Centro de Investigação Marinha e Ambiental foi fundado em 1998 e tem na sua estratégia o desenvolvimento de tecnologias para a exploração sustentável do lixo.

C/Lusa

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