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Quinta-feira, Março 28, 2024

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“Com este Fundo de Emergência para o Setor Solidário queremos mobilizar a sociedade em torno da solidariedade não só neste tempo de pandemia, mas também no pós-COVID-19” diz Tiago Abalroado da UNITATE

Num momento em que se começa a avaliar o impacto sócio-económico da COVID-19 em Portugal, a UNITATE – Associação de Desenvolvimento da Economia Social em conjunto com a KGSA Advogados e o Banco Montepio lançam o Fundo de Emergência para o Setor Solidário.

A RC falou com Tiago Abalroada, Presidente da Direção da UNITATE, que explica o que é este fundo e como se vão processar os apoios prestados pelo mesmo.

Criado com o objetivo de captar verbas para apoiar as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) de Portugal, o Fundo de Emergência para o Setor Solidário a sua estrutura divide-se em duas fases: a Fase de Angariação e a Fase de Aplicação.

A primeira fase “vai decorrer até ao final do ano” e tem como objetivo que “toda a sociedade civil se mobilize para robustecer este fundo”.

Em setembro, “ainda durante a Fase de Angariação”, inicia a segunda fase, a Fase de Aplicação, “durante a qual as IPSS do país se vão poder candidatar e apresentar nestas candidaturas as suas necessidades”.

As necessidades apresentadas pelas IPSS “incidirão essencialmente entre três áreas fundamentais”, refere Tiago Abalroado.

 A primeira área está relacionada com o apoio às instituições, mais concretamente no apoio à aquisição de equipamentos de proteção individual. “Com a pandemia estas instituições viram-se obrigadas a adquirir equipamento de proteção individual e a fazer um grande investimento no mesmo, uma vez que ele tem uma grande rotatividade no contexto das instituições em virtude das mesmas apoiarem pessoas em situação de grande vulnerabilidade e estarem constantemente a ter de substituir equipamentos, como é o caso das máscaras”.

A segunda área de para candidaturas das IPSS relaciona-se com a “reconversão ou criação de respostas sociais que, de algum modo, respondam a necessidades emergentes diretamente relacionas com esta situação da pandemia”. Refere que se foca mais nas “lacunas e necessidades” que terão de ser suprimidas e que vão obrigar as instituições a reinventarem-se e a “criar respostas específicas”.

Por fim, a terceira área recai sobre o “apoio às famílias em direto”. Serão apoiados os serviços de atendimento e acompanhamento social das IPSS para que através destas “as famílias possam ser apoiadas através da supressão de despesas que estejam a acontecer” como valores de rendas ou faturas de luz, por exemplo.  

Toda a sociedade civil, “qualquer pessoa, qualquer empresa ou organismo” pode contribuir para este fundo, esclarece o Presidente da UNITATE.

“É uma conta aberta e nesta fase de angariação desafiamos que qualquer pessoa da sociedade civil contribua. Se todos contribuirmos com um euro ao fim do dia teremos uma quantia muito generosa para poder canalizar para este fundo”.

Este fundo tem como objetivo “mobilizar a sociedade em torno da solidariedade” não só nesta fase pandémica, mas também no pós COVID-19. A ideia é que “toda a sociedade se envolva com aquilo que é o trabalho e ação das IPSS no seu dia a dia e portanto é um fundo que queremos dinâmico, onde queremos envolver todos, e que é aberto à entrada de mais parceiros para que seja, de facto, um instrumento de apoio eficaz”.

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