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Contos ‘à solta’ no Jardim Público de Beja com Palavras Andarilhas

Foto: AllAboutPortugal.pt

Os contos tradicionais de diversas latitudes do mundo vão andar à solta em Beja, na 16.ª edição das Palavras Andarilhas, entre sexta-feira e domingo, com iniciativas para quem gosta de contar e ouvir histórias.

Organizada pela Câmara de Beja, através da Biblioteca Municipal José Saramago, a Festa da Palavra Contada – Palavras Andarilhas tem como tema, este ano, “O poder da palavra” e conta com curadoria de Jorge Serafim.

Organizada desde 1998, com periodicidade bienal desde 2002, esta 16.ª edição vai decorrer no Jardim Público da cidade, explicou o município.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio, destacou hoje que, depois de o evento não se ter realizado em 2020, devido à pandemia de covid-19, regressa, agora, “naquele que é o seu formato tradicional”.

Regressa com novos contadores, com atividades para pais e filhos, com conferências, com exposições, com contos ao pôr-do-sol e ao início da noite, enfim, com um conjunto de atividades que espalha a palavra contada e que coloca a palavra contada no centro da atenção cultural”, argumentou.

E não apenas com horizontes traçados para o Baixo Alentejo: “É um evento para todo o país e conhecido internacionalmente. Em muitos pontos do mundo, Beja é conhecida pela sua biblioteca e pelas Palavras Andarilhas e, portanto, estamos de regresso para uma edição que vamos realizar com grande qualidade e muita vontade” frisou.

Segundo o município, ao longo dos três dias, o encontro “celebra a palavra contada da tradição oral, dá voz aos contadores que, pelo país e no estrangeiro, partilham os contos tradicionais de diversas latitudes do mundo”.

De acordo com o programa, o público vai ter à sua disposição noites de contos, contos ao pôr-do-sol, contos sem fim, conferências sobre o futuro da palavra, a narração oral, a oralidade e a ruralidade e as crianças e a leitura e também a atividades para pais e filhos.

O evento inclui ainda oficinas de capacitação para mediadores de leitura, a Feira dos Livreiros, com sete representantes, e o Mercadinho Andarilho, onde se poderão “encontrar propostas de leitura e objetos mágicos para levar para casa”, segundo a autarquia.

Paulo Arsénio realçou que o certame atrai a Beja “alguns dos melhores contadores do mundo e muitos deles expressam-se, por exemplo, em língua castelhana”.

A capacidade de a palavra e dos contos agarrarem as pessoas é ainda algo absolutamente importante na nossa sociedade”, acrescentou.

Mesmo no mundo “novo e virtual”, em que as novas tecnologias são uma realidade, diferente daquela que existia quando as Palavras Andarilhas foram criadas, o certame é seguramente pertinente, frisou.

As Palavras Andarilhas são uma prova, neste mundo virtual, tecnológico, do imediato, em que o individual tende a sobrepor-se ao coletivo, de como também pode haver convívio, palavra e livro em simultâneo. A palavra, o livro e a oralidade têm uma expressão que é e será sempre imprescindível em qualquer momento das nossas vidas”, disse.

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