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Quarta-feira, Abril 24, 2024

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COVID-19: Clube de natação de Évora tem “futuro incerto” devido a impactos da pandemia

O clube de natação Aminata, de Évora, prevê um “futuro incerto” devido aos impactos da pandemia COVID-19, apesar de ter obtido um empréstimo e apoio do município para resolver os problemas de curto e médio prazo.

“Essas verbas permitirão fazer uma gestão de curto e médio prazo, mas, atendendo às limitações que nós prevemos vir a ter na reabertura, o futuro é um pouco incerto”, admitiu hoje à Lusa o presidente do Aminata, Daniel Galvoeira.

Segundo o dirigente, o clube alentejano obteve “um financiamento bancário no valor de 25 mil euros”, o qual se vai juntar ao apoio financeiro atribuído pela Câmara de Évora “no montante de 10 mil euros”.

Com 19 funcionários, dos quais 17 estão atualmente em ‘lay-off’, o Aminata, fundado em 1982, tem piscina própria e atualmente tem equipas de polo aquático, natação artística e natação pura, além de outras modalidades de natação competitiva e de lazer.

Indicando que a reabertura da piscina do clube deverá ocorrer no mês de junho, Daniel Galvoeira previu “limitações”, o que deverá obrigar a “uma redução substancial dos utentes”.

“Antes da suspensão das atividades, contávamos com cerca de 1.000 utentes mensais e talvez agora temos que ir para um número à volta dos 500”, apontou, admitindo a necessidade de fazer “uma grande reorganização da piscina e da forma de circular” no espaço.

O dirigente do Aminata adiantou que os responsáveis do clube estão a elaborar os manuais de procedimentos para acomodar as recomendações das autoridades em relação ao uso do tanque e dos balneários.

“A partir do momento em que nós tenhamos o tanque de água cheio novamente, porque agora encontra-se vazio, iremos manter os custos com eletricidade e gás. Com a água não, porque um dos apoios da câmara é o não pagamento da água”, frisou.

Contudo, alertou, “será difícil a sobrevivência no médio e longo prazo”, uma vez que “ter 500 utentes ou ter 1.000 utentes é igual”, porque se mantêm “os custos fixos com o pessoal e com a energia”.

“No inverno, por norma, é quando os custos fixos são maiores por causa do maior consumo de gás e energia”, assinalou Daniel Galvoeira, antecipando “um período complicado” e a possibilidade de despedimentos, no caso de se manterem as restrições e não existirem apoios do Estado ou da autarquia.

 

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