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Covid-19: Hospital de Évora apela ao transporte só de doentes urgentes

O afluxo de doentes com Covid-19 ao Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) subiu “40%” entre o início e o fim de dezembro e deverá agravar-se, alertou hoje a responsável hospitalar, apelando ao transporte só de infetados que efetivamente necessitem.

Segundo a Presidente do conselho de administração do HESE, Maria Filomena Mendes, em declarações aos jornalistas, “o que tem vindo a acontecer, nos últimos tempos, é que muita gente está a ser transportada para aquela unidade, ainda para mais “muito concentrada”.

A dirigente apela para que, “quem está positivo, mas que não necessita de cuidados hospitalares”, permaneça na sua residência, seja domicílio privado, seja lar, “até efetivamente ter sintomas que justifiquem a necessidade de vir à Urgência do hospital”, afirmou a presidente do conselho de administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).

A Presidente acrescenta ainda que, “há picos. Chegam muito mais ambulâncias e utentes do que aqueles a que conseguimos dar resposta”, admitiu, indicando ter sido “o caso de ontem [terça-feira]” e da altura em que o HESE teve de “pedir ajuda e muitos doentes foram transportados para outros hospitais”.

Recorde-se que no domingo passado, o HESE informou que, “devido ao extraordinário aumento de afluxo de doentes” na Área Dedicada aos Doentes Respiratórios do Serviço de Urgência Geral (ADR SU), os doentes com covid-19 ou suspeitos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 não deviam ser encaminhados para aquela unidade. Posteriormente o HESE voltou a receber doentes no dia a seguir, após a normalização do afluxo de serviços.

Contudo, e como foi noticiado pela RC, na terça-feira, uma publicação na rede social Facebook por parte dos Bombeiros Voluntários de Mourão deu conta de que ambulâncias desta corporação tinham estado “retidas” no HESE, “com utentes dentro das mesmas”, durante várias horas, “por não haver espaço na urgência covid”.

Face a esta realidade, a responsável do hospital esclareceu que, “voltámos a reabrir para todos os doentes covid” e o HESE chegou a ter “quase quatro vezes mais utentes dentro do espaço da Urgência” do que os que tem capacidade para receber.

Assinalando que o afluxo de doentes covid à Urgência aumentou “em 40%”, entre o início e o final de dezembro, Maria Filomena Mendes reconheceu que, desta forma, as ambulâncias das corporações ficam retidas no espaço.

“As ambulâncias ficam inoperacionais porque têm que ficar com os doentes, a aguardar. Por mais instalações que nós pudéssemos criar, não conseguimos dar resposta a este afluxo”, alertou Maria Filomena Mendes.

Em nota final, a responsável do HESE, admitindo que é previsível que, “nos próximos dias e semanas, a situação se agrave”, devido ao aumento do número de infetados na região, apelou ao sentido de responsabilidade de todos.

 

(Fonte: Lusa)

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