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CP já pode assinar contrato para 22 novos comboios regionais que vão circular em Évora e Beja

Foto: VisitÉvora

Quase um ano depois, foi levantada a impugnação que impedia fechar o primeiro concurso de material circulante, em quase duas décadas, para a transportadora pública ferroviária. No entanto, este atraso vai obrigar a empresa liderada por Nuno Freitas a prolongar, por mais dois anos, o aluguer de comboios a Espanha.

Os suíços da Stadler venceram, em dezembro de 2019, o concurso para fornecer os 22 novos comboios regionais, por 167,8 milhões de euros, menos 500 mil euros do que o preço base.

Além das 12 automotoras híbridas, que podem funcionar a diesel e a eletricidade, serão entregues 10 automotoras elétricas. Estes comboios vão circular em linhas regionais como Douro, Oeste e ainda em Évora e Beja. Só que entre a assinatura do contrato e a chegada das primeiras unidades serão necessários mais de três anos. Assim que chegar o primeiro comboio, os restantes 21 terão de chegar no espaço máximo de 22 meses.

No final de 2019, estava tudo encaminhado para a CP assinar contrato com a empresa suíça. Mas o concurso foi impugnado, em dezembro, pela CAF, uma das derrotadas. A fabricante espanhola alegou um erro processual.

A demora neste processo estragou o planeamento da empresa ferroviária nacional. A CP contava receber os primeiros novos comboios em 2023, já depois da recuperação de 70 unidades que estavam encostadas no Entroncamento, e de terminar o contrato para o aluguer de 24 automotoras a gasóleo à Renfe, congénere espanhola da CP.

O atraso no concurso vai obrigar a transportadora a prolongar, por mais dois anos, o aluguer dos comboios a Espanha, que custa 7,5 milhões por ano, ou seja, 312 mil euros por comboio. O atual contrato foi assinado em 2018 e termina no final de 2022, como refere portaria do Diário da República.

Mas, em setembro de 2018, os governos de Portugal e Espanha acordaram o aluguer de mais quatro automotoras a gasóleo, também até ao final de 2022. Na altura, as supressões de comboios eram diárias, sobretudo nos serviços regionais.

O documento previa a devolução de duas unidades por ano, entre 2020 e 2022. Se esta regra se mantiver, o prolongamento do aluguer destes comboios por dois anos vai custar pouco mais de 13 milhões de euros.

A compra de 22 novos comboios regionais é independente da aquisição de 50 carruagens da CP à Renfe (que vão circular já sem o amianto), concretizada em junho deste ano por 1,6 milhões de euros.

Nos próximos anos, serão lançados concursos para a compra de 129 novos comboios num montante próximo de mil milhões de euros: 62 para serviços urbanos, 55 regionais e ainda 12 unidades para o longo curso.

Os suíços da Stadler levaram a vitória no concurso público para a compra de 22 novos comboios regionais da CP, com vantagem em todos os critérios de avaliação, sobretudo a nível de conforto, de preço e da tecnologia. O Flirt 160 foi o modelo escolhido pela empresa suíça para entrar neste concurso. É um comboio regional com um só piso, que pode ser facilmente personalizado às necessidades da CP.  

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