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Sábado, Abril 27, 2024

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“É um projeto de 20 milhões de euros que irá dinamizar a economia dos dois países” diz João Grilo, Pres da CM de Alandroal (c/som)

Esta a ser analisada a proposta que tem como base uma construção de uma ponte de ligação de Badajoz a Juromenha, que tem sido defendida pelo Presidente da Câmara do Alandroal, João Grilo. Recentemente, este esquema passou também a contar com parceiros espanhóis. A concretização deste troço irá permitir a navegabilidade do rio Guadiana a todo o Alqueva.

A Rádio Campanário falou com o Presidente da Câmara Municipal de Alandroal, João Grilo, que assegura que “envolve algum investimento, mas que repartido pelos dois lados da fronteira é perfeitamente exequível”.

João Grilo garante que o projeto não causará “grande impacto de transformação do rio”, acrescentando que “um projeto destes não consome água, só normaliza o caudal e garante que todo o ano se possa subir e descer o Guadiana”.

Esta ligação de Badajoz e Alqueva, seria também importante “do ponto de vista turístico e económico para a região”, defende o presidente da Câmara Municipal de Alandroal.

Desde modo, o autarca destaca que irá continuar a envolver mais parceiros contando com o apoio do “Governo para reforçar este objetivo da região, que não é só do Alandroal”, adiantando que espera evoluir e que “seja mais fácil para nós, que estamos de frente a Vila Real e a Olivença e também em Montes Juntos frente a Chelles, ter facilidade de movimentação de um lado para outro”.

Após 20 anos do encerramento das comportas do Alqueva que João Grilo fez questão de realçar, “é inegável o contributo que Alqueva tem dado para o desenvolvimento do Alentejo”, não só da “agricultura, água para consumo humano, projetos de turismo, mas também de projetos de empresas”.

“O Alqueva, em muitos aspetos, já está concretizado, mas ainda tem outros muitos por concretizar” avança João Grilo, adiantando que o que falta “é repor as possibilidades que existiam antes”.

Entre Juromenha e Vila Real, Olivença, Chelles e Montes Juntos, “havia uma grande interação das populações em que era possível e fácil atravessar o rio. De repente, com o encerramento das comportas, essas ligações ficaram com uma barreira intransponível”, segundo o presidente da Câmara Municipal de Alandroal. “Está por concretizar a eliminação dessa barreira para que as populações possam novamente encontrar-se e dar força aos laços culturais e aos laços económicos”, conclui.

Relativamente ao lado de Espanha, há grupos de “empresários e estudiosos que se têm dedicado a esta questão da navegabilidade que acompanham e sustentam esta ambição. Há estudos feitos do lado espanhol de investimentos que têm de ser feitos”, refere João Grilo.

No que toca à questão dos apoios “Seria ótimo que a nível do PRR se pudesse pensar. Estamos a falar de 20 milhões de euros a repartir entre os dois lados da fronteira”, sublinha o autarca, revelando ainda que “a nível dos fundos transfronteiriços, haverá sempre possibilidade de fundos de coesão. Há sempre possibilidade de encaixar um projeto deste tipo no dia em que tiver maturidade suficiente para isso”.

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