A brasileira Embraer e a norte-americana Boeing acertaram uma parceria para criar uma nova empresa aeronáutica, voltada para a construção de aviões comerciais. Nesta operação a gigante norte-americana fica com 80% da nova empresa, que será detentora da fábrica de Évora. Nesta nova empresa a Boeing terá o controlo operacional e de gestão, que responderá diretamente a Dennis Muilenburg, presidente, chairman e líder executivo da Boeing.
Um comunicado interno enviado nesta quinta-feira aos funcionários, obtido pelo portal de notícias brasileiro G1, assinado pelo presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, diz que sobre a divisão das unidades a direção já decidiu que “ficarão com a ‘joint venture’ da aviação comercial as unidades Faria Lima, EDE, Taubaté, Évora e Nashville”.
Já as “unidades de Gavião Peixoto, Botucatu, Eugênio de Melo, Ogma [em Lisboa] e Melbourne ficam com certeza na Embraer. Com relação às demais unidades e escritórios, ainda estamos a definir a melhor estratégia”, diz o mesmo informativo.
A fabricante de aeronaves brasileira Embraer e a norte americana Boeing anunciaram ontem, dia 05 de julho, que assinaram um memorando para a criação de uma nova empresa dedicada ao fabrico de aeronaves comerciais no valor de 4 mil milhões de euros.
O acordo definitivo entre as duas companhias deve ser assinado até o fim de 2019. No entanto, para que o negócio seja fechado será preciso obter aprovação do Governo brasileiro, que detém uma ‘golden share’ (ação com poderes especiais) na Embraer, que lhe permite vetar este tipo de transação.
Até ao momento não foi possível obter quaisquer esclarecimentos por parte da delegação da Embraer em Évora. Já a Portuguese Aerospace Industry Association (pemas), comandada pelo General José Cordeiro, contatada por esta redação, diz que não pode prestar esclarecimentos sobre esta situação.