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Ervideira investe 1,2ME em nova adega interativa e tecnológica no Alentejo!

O produtor vitivinícola Ervideira vai investir 1,2 milhões de euros numa nova adega “interativa e de tecnologia elevada” para produção e comercialização de vinhos “de topo”, revelou hoje o diretor executivo da empresa.

“Toda a adega está pensada para ser interativa”, pelo que os visitantes vão poder “provar o vinho diretamente das cubas, talhas ou barricas” ou até mesmo criar o seu próprio lote de vinho e armazená-lo nas instalações, explicou à agência Lusa Duarte Leal da Costa.

Ou seja, “é uma adega de perspetiva completamente diferente. Eu vou poder vender os vinhos antes do próprio engarrafamento. Com outra possibilidade ainda: as pessoas escolhem o seu lote, nós fazemo-lo, engarrafamos e podemos guardar o vinho do cliente, ou seja, ser a própria garrafeira do cliente”, avançou.

Por isso, a adega, no limite do concelho de Évora com o de Reguengos de Monsaraz, vai conter “um pouco de tecnologia elevada” e também “uma perspetiva de interação com o turista ou com o consumidor”, havendo ainda a possibilidade de quem a visita poder “fazer o seu próprio lote de vinho”.

Além de uma varanda de 400 metros quadrados e de um terraço de 600 metros quadrados para provas e eventos, a infraestrutura terá uma área coberta de 1.200 metros quadrados.

Destes, metade vai situar-se abaixo do solo, com a adega a incorporar “novas tecnologias de fermentação” em conjunto com talhas antigas, de 1880, que vão voltar a ter ‘vida’.

“Vamos pôr em funcionamento as talhas do meu bisavô e vamos fazer cubas de fermentação novas”, em formato cónico, “que permitem uma fermentação com uma qualidade e uma extração diferentes”, precisou o diretor executivo.

Por isso, segundo Duarte leal da Costa, “esta adega está mesmo feita para vinhos diferentes e de topo”.

Todos os vinhos produzidos na nova adega, cuja construção deverá iniciar-se no verão para estar em pleno funcionamento “a partir da vindima de 2023”, terão “um potencial” para serem guardados de um “mínimo de 10 anos”.

Quem quiser fazer o seu próprio lote de vinho terá de comprar “no mínimo 300 garrafas, que é uma barrica”, ou seja, 225 litros, o que deverá rondar os “4.500 euros”, estimou Duarte Leal da Costa.

O diretor executivo da Ervideira não escondeu que o novo espaço “é um projeto pessoal”, que resulta das suas visitas a adegas “por quase todo o mundo”.

“Vou reunir nesta adega as melhores tecnologias e as melhores interatividades com turistas que vi durante toda a minha vida como produtor de vinho”, aplicando-as na Ervideira e “potenciando as possibilidades de mercado”, argumentou.

A adega ficará inserida “no meio de uma vinha de 18,5 hectares” que, num bom ano de produção, pode atingir “200 toneladas de uva”, por isso, estará preparada para “receber 250 toneladas” numa única campanha, acrescentou.

 De acordo com a empresa, o espaço, que deverá estar pronto na primavera de 2023, atingirá o seu potencial de produção com mais 150.000 garrafas de vinhos exclusivamente de topo, envolvendo um investimento de 1,2 milhões de euros.

A Ervideira é uma das empresas vitivinícolas seculares em Portugal, produzindo vinho desde 1880. Atualmente, possui um total de 110 hectares de vinha, distribuídos pelas sub-regiões de Vidigueira (Beja) e Reguengos de Monsaraz (Évora).

c/lUSA

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