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ESECS do Politécnico de Portalegre com nova licenciatura pioneira no Alentejo (C/SOM)

Foto: ESECS

O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) anunciou, no passado mês de junho, a nova licenciatura em Educação Social. Este novo curso vai funcionar na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS), aumentando o leque da oferta formativa daquela escola e do Politécnico.

Em declarações à Rádio Campanário, Fernando Rebola, diretor da ESECS, mostrou-se “orgulhoso” com mais esta licenciatura acreditada, “que vai enriquecer a nossa oferta formativa”.

“Esta licenciatura em Educação Social é algo que emerge com alguma naturalidade do trabalho que temos vindo a realizar ao longo destes 35 anos de formação e de trabalho da nossa escola, em que temos vindo a ter uma intervenção por um lado na área educativa e por outro lado mais recentemente na área social, mas com um percurso já consolidado”, enalteceu o diretor.

A proposta da criação desta licenciatura foi endereçada à Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), que faz a acreditação da oferta formativa para o ensino superior, nomeadamente das licenciaturas e dos mestrados, em outubro de 2019 e “foi com muito gosto que no dia 19 de maio recebemos a informação que este novo curso foi acreditado pela A3ES por três anos e integra agora o leque de opções da nossa oferta formativa”.

Para o diretor da ESECS, a licenciatura de Educação Social “procura em termos globais formar profissionais que sejam capazes de uma intervenção socioeducativa, que estejam capacitados para trabalhar em contextos educativos múltiplos e sociais, ou seja, não é uma licenciatura na área da formação de professores, mas sim na área de técnicos que possam ter um trabalho a nível comunitário e social com indivíduos e com populações que evidenciam alguma necessidade de promoção de estratégias de desenvolvimento global. Mais especificamente, estes profissionais estarão capacitados para reconhecer, conhecer e caracterizar realidades sociais diversas e responder a problemas no âmbito de pessoas com necessidades especiais, com populações em contexto de exclusão, que sejam profissionais capazes de promover a justiça social, a qualidade de vida das pessoas, de grupos de indivíduos, respeitando direitos dos indivíduos e dos grupos”.

“Existe aqui um leque de oportunidades do ponto de vista da integração destes futuros profissionais a que nós procurámos responder, tendo em conta que em todo o Alentejo não existe esta oferta formativa na rede pública, assim como nos distritos de Castelo Branco e Setúbal. Portanto, vimos aqui uma oportunidade que, por um lado se enquadra perfeitamente naquilo que é a matriz de desenvolvimento e de ação da ESECS e que pode corresponder, porque é essa a nossa missão, às necessidades regionais. É esta a grande intenção e o grande objetivo de incluirmos mais esta oferta formativa”, frisou Fernando Rebola

O diretor contou ainda que esta nova oferta formativa “entra numa lógica que nós temos de criarmos fileiras formativas. Portanto, a nossa expectativa é que um aluno que possa entrar para um Curso Técnico Superior Profissional na ESECS, possa sair daqui, se for também a vontade do estudante, com um mestrado”.

“Começando pelos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), podem dar acesso a esta nova licenciatura, os CTeSP de Acompanhamento de Crianças e Jovens; Animação Sociocultural Aplicada à Gerontologia e de Intervenção Social e Comunitária. Os estudantes destes cursos podem aceder, através dos concursos especiais, à licenciatura de Educação Social, já com alguns créditos realizados, ou seja, tem dispensa de algumas unidades curriculares deste curso. Por outro lado, os alunos que terminem a licenciatura em Educação Social poderão ter acesso, no âmbito dos mestrados que oferecemos na ESECS, ao mestrado em Gerontologia ou em Proteção de Crianças e Jovens em Risco”, explicou Fernando Rebola.

O curso já foi acreditado pela A3ES e vai ser registado na Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), faltando apenas ultrapassar uma questão para que possam abrir vagas já para o próximo ano letivo: “precisamos de ter uma autorização excecional por parte do Ministério do Ensino Superior. Esse pedido excecional de abertura de vagas para Educação Social já foi enviado ao Ministro da tutela e esperamos que nos venha a autorizar. Este pedido excecional é preciso, porque de acordo com o despacho que é fixado anualmente todos os anos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, define as condições de abertura de vagas e uma das condições é que, com algumas exceções, não se podem abrir vagas para um número de licenciaturas àquela que tivemos nos três anos precedentes e nós estamos a acrescentar mais uma licenciatura. Só depois deste pedido excecional para a abertura das vagas para Ensino Social ser deferido pelo Ministro é que podemos garantir que o curso vai funcionar em 2020-2021”. Apesar desse entrave, Fernando Rebola garante que “temos tudo preparado” para que a nova licenciatura funcione já no próximo ano letivo e espera colocar 25 vagas para o Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior e tem espectativas que fiquem “totalmente preenchidas”.

“Não vamos abrir vagas para os concursos especiais de acesso, porque não são admissíveis no primeiro ano de funcionamento de qualquer licenciatura. Mas que fique claro que tudo o que são procedimentos dependentes do Politécnico de Portalegre e da ESECS e todas as acreditações e registos externos que são necessários para que a oferta formativa seja devidamente validada e acreditada, está tramitado. Há apenas aqui esta questão de o tempo ser curto, porque a informação surgiu-nos no dia 19 de maio, mas esperamos que em 2020-2021 nos traga mais 25 alunos para a nossa escola”, disse o diretor da ESECS.

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