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Sexta-feira, Abril 26, 2024

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“Este é um trabalho feito ao longo de 30 anos que só agora é mostrado”, diz a artista Ana Marchand! (C/som e fotos)

 

Foi inaugurada na tarde de ontem, no Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, a Exposição de desenho e pintura de Ana Marchand «Quatro Cadernos de Benares» que reúne trabalhos de 1991 a 2021.

A Rádio Campanário esteve presente e falou com a artista. Á nossa reportagem, Ana Marchand disse estar muito contente com a inauguração porque “gosto muito deste sítio (Museu de Évora), tive muita sorte com toda a equipa que colaborou na montagem, pois esta é uma exposição que deu muito trabalho e levou muito tempo a organizar e porque vieram muitas pessoas e estão interessadas.”

Segundo a artista, “este é um trabalho feito ao longo de 30 anos que só agora é mostrado”. Esta exposição foi proposta há seis anos e o projeto incluía um filme e a mostra. O filme obrigou a filmar na India e em vários sítios da Europa, pelo que se foi fazendo e demorando. Só agora está pronta. Teve também que esperar dois anos para que a pandemia ficasse mais contida.

Ana Marchand confessou que a arte esteve presente em toda a sua vida, já em miúda tinha relação especial com os materiais  e a criatividade pelo que afirma que tudo aconteceu espontaneamente. Por agora, não tem nada preparado para expor a seguir.

Ana Marchand (1947, Porto) vive e trabalha em Montemor-o-Novo. Nesta Exposição apresenta-nos o seu olhar em quatro cadernos sobre quatro viajantes como se desenhasse uma linha de memória e luz que os une: Xuang Zang (séc. VII) um monge budista chinês, prolífico escritor e tradutor que fez uma longa viagem à Índia levando vastos ensinamentos para China; Elena d’Aosta (1871-1951), princesa francesa, membro da Casa de Orléans, duquesa d’Aosta e entusiasta viajante; Maurizio Piscicelli (1871-1917) militar italiano e também um viajante apaixonado, de resto, ambos escreveram sobre Benares; e Ana Marchand que nos apresenta o fruto das idas a Benares e das suas viagens interiores.

Paralelamente à Exposição, projecta-se continuamente o filme de Catarina Mourão «Ana e Maurizio» (2020) que também conta parte desta história.

A curadoria é de Manuel Costa Cabral e conta com o apoio da Fundação Carmona e Costa e também da Fundação Eugénio de Almeida. A exposição ficará patente até dia 9 de Outubro.

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