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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Estudo da DECO conclui que “Os salários estão a degradar-se”

A DECO – Associação de Defesa do Consumidor – conclui que a média dos ordenados oferecidos pelas empresas em Portugal é de 505 euros. Além de pagarem o ordenado mínimo, as empresas cortaram benefícios e exigem, agora, mais horas de trabalho.

Neste estudo levado a cabo pela DECO chega-se à conclusão que os salários estão a degradar-se, existindo muitas empresas que não pagam o subsídio de alimentação e exigem horas de trabalho extra.

No site da Associação de Defesa do Consumidor pode ler-se “Geração 500 euros: trabalho cada vez mais precário”, uma vez que as propostas salariais mal dão para sobreviver e que as condições de trabalho mais penalizadoras são uma realidade de um número crescente de portugueses.

Os portugueses que procuram emprego queixam-se de propostas inaceitáveis para sobreviver. Os que têm emprego dizem-se desmotivados com as condições, como por exemplo, poucas oportunidades de promoção, salário baixo e, por vezes, cortado por iniciativa da empresa, benefícios subtraídos e mais horas de trabalho explicam o descontentamento.

Mais de 70% dos inquiridos estão desempregados e cerca de 16% perderam o posto de trabalho. É muito mais elevado o número de mulheres nesta situação: 21% contra 11% de homens. A grande maioria dos inquiridos, segundo o estudo da DECO, chegaram à fase de ouvir as propostas da empresa ficando fortemente desiludidos. A acrescer ao vínculo pouco transparente, o salário é um factor de grande desmotivação e demonstra a degradação do mercado de trabalho em Portugal, uma vez que em média a última proposta recebida foi de 640€ brutos no público e de 590€ no privado.

Dos inquiridos com emprego, apenas metade trabalha realmente na sua área de especialização. Este número sobe para 61% entre os que têm um nível de estudos mais elevados. O contrato de duração indeterminada é o mais frequente (62% dos inquiridos empregados no privado e 73% no público) estão ligados à entidade patronal por esta via. Mais de 80% dos inquiridos têm de cumprir horário, ainda que possa haver flexibilidade na hora de entrar e sair. A esmagadora maioria não tem autorização para desempenhar a actividade a partir de casa, nem mesmo ocasionalmente.

Neste estudo, dois terços dos casos não há compensações para as horas extraordinárias, nem mesmo com o tempo livre. Segundo a lei, em regra, as horas a mais não solicitadas pela empresa, ainda que estas delas beneficie, não têm de ser remuneradas ou convertidas em dias de férias.

A Associação intitula esta nova vaga como “Geração 500 euros” numa referência à geração “mileurista” a qual tinha qualificações superiores mas era obrigada a viver em casa dos pais sem conseguir constituir família devido à média do ordenado.

 

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