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Sábado, Abril 20, 2024

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Fábrica de Azeite em Ferreira do Alentejo diz que “qualidade do ar que foi analisada é boa”

R.R./Rosario Silva

Com laboração suspensa e acusada de poluição ambiental, a AZPO – Azeites de Portugal, diz agora que “desconhece por completo qualquer estudo efetuado” pela da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) sobre a qualidade do ar em Fortes, no Concelho de Ferreira do Alentejo, distrito de Beja, que concluiu que a qualidade do ar em Fortes foi má e “violou todos os valores de segurança e risco” em 14 dias de medição.

Pelo contrário, em declarações à agência Lusa, fonte oficial da empresa garante que a AZPO encomendou, a “uma entidade independente e reconhecida”, um estudo para avaliar a qualidade do ar junto de Fortes e que foi feito entre os passados dias 23 de maio e 10 julho.

Estudo esse que foi “entregue às entidades competentes”, cujas medições mostram que em nenhum dos dias abrangidos “os parâmetros medidos alcançaram os limites previstos na lei, não deixando, por isso, qualquer dúvida de que a qualidade do ar que foi analisada é boa e não coloca de alguma forma a saúde pública em perigo”.

Contudo, segundo as conclusões do estudo da APA, em 14 dias de medição de partículas atmosféricas PM10, que são elementos de poluição atmosférica, “o valor do Índice da Qualidade do Ar atribuído no recetor é classificado de Mau e viola todos os valores de segurança e de risco atribuídos pela legislação europeia e pela Organização Mundial de Saúde”.

Este mesmo estudo evidenciou que “a poluição medida no recetor é proveniente” da AZPO e é “esclarecedora e evidente” a “dimensão do impacto negativo na qualidade do ar do domínio público” quando a fábrica estava a funcionar e até ao fecho temporário.

Contudo, conforme a Campanário noticiou, a AZPO levou a cabo um investimento de 1,2 milhões de euros para cumprir as condições impostas pelo licenciador, de forma a poder retomar a laboração, suspensa devido a estas infrações.

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