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Quinta-feira, Março 28, 2024

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“Foi uma experiência muito forte para as famílias, mesmo para aquelas em que há maior frieza”, enalteceu D. Francisco José, no dia da Bênção da Família (C/ FOTOS E SOM)

D. Francisco José Senra Coelho, Arcebispo de Évora, falou aos microfones da Rádio Campanário, após a cerimónia da Bênção das Famílias, realizada no passado sábado, dia 30 de maio, no Santuário da Nossa Senhora da Conceição, em Vila Viçosa. Foi a primeira celebração comunitária da Arquidiocese de Évora.

O Arcebispo de Évora afirmou que “não podíamos começar as nossas comemorações comunitárias na Arquidiocese de Évora senão neste sítio. Foi uma experiência muito forte, sentida em vários quadrantes e setores na vida, mesmo naquelas situações em que há maior frieza sobre a família, esta realidade sentiu-se de uma forma muito veemente”.

D. Francisco José disse que “foi impressionante ver pessoas a comprarem bilhetes intercontinentais, gente que estava a trabalhar em países no Norte da Europa, ou que estavam a trabalhar em investigação, ou em universidades de prestígio do mundo, que regressaram urgentemente à sua família. Houve este “sentir”, esta espécie de intuição instintiva de que o berço da vida é a família, que é o berço natural, onde se pode usufruir do equilíbrio afetivo”.

Sobre o sentido da família, o Arcebispo referiu que “é este reduto que se pode comparar a uma espécie de ninho que se tornou o último refúgio, onde nós nos confinámos onde voltámos a ser uma família, muitas vezes monoparental, transformada em grande família. Muitas vezes, por motivos profissionais ou de currículo, deixamos a casa dos pais e por vezes a família é preterida. Mas agora a família foi preferida”.

“Por isso, no fundo, viemos aqui, ao solar da padroeira, a casa da Mãe, dizer-lhe um obrigado, porque nos sentimos muito resguardados neste país, onde apesar das dificuldades, não nos podemos comparar a outros países, e queria rezar muito pelo povo irmão do Brasil, e pelo povo dos EUA e quero também mandar um abraço à diáspora portuguesa. Estamos aqui a rezar por eles, mas sentimos que Nossa Senhora cuidou de nós e aqui nesta Arquidiocese de Évora, onde as coisas correram de um modo muito suave e sentido com bastante segurança”, enalteceu D. Francisco José.

O Arcebispo lembrou também de todos os profissionais de saúde “que estiveram em pronto socorro, com competente e dedicada atenção aos apelos que foram feitos”, e também “todos aqueles que cuidam dos mais indefesos”, referindo aos profissionais dos lares, IPSS e centros juvenis.

“Um obrigado muito profundo àquela que é a mãe das mães, que tem este símbolo do colo, ternura, carinho e acolhimento. É tudo isso que está no meu coração e aos pés de Nossa Senhora, que é a plenitude da Humanidade e que Nossa Senhora nos ensine a ser mais humanos uns com os outros. Não podemos ficar marcados nem ter medo. Temos que nos ajudar, de mãos dadas a estabilizar este barco que é a vida. Acredito que vamos conseguir ultrapassar esta fase”, conclui D. Francisco José.

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