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Sexta-feira, Março 29, 2024

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Governo antecipa 90 milhões para Sines, Pego e Matosinhos

O Governo lançou um aviso para apoiar empresas que queiram investir no Médio Tejo, proporcionando emprego aos trabalhadores da região, especialmente aos afetados pelo encerramento da unidade a carvão da Central Termoelétrica do Pego.

Segundo avançou o Mais Ribatejo, o anúncio foi feito pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, na sessão em que foi anunciada a antecipação de fundos da Transição Justa para apoio ao emprego e ao investimento no Médio Tejo, que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Matos Fernandes.

Ana Abrunhosa afirmou que o aviso se destina a investimentos focados no “futuro da indústria e da economia”, ou seja, na mobilidade sustentável, nas energias renováveis, na economia circular, na biotecnologia ou noutras tecnologias limpas.

“Estas são áreas que temos que abraçar porque elas criam emprego qualificado, elas garantem a sustentabilidade do desenvolvimento dos nossos territórios”, referiu.

Segundo o ministro do Ambiente “estimamos, e obviamente só podemos estimar, que virão a ser criados 600 a 700 postos de trabalho em função do aviso”.

O ministro adiantou ainda que, “num caso concreto”, uma empresa que se irá instalar num concelho próximo “vai contratar 100 pessoas nesta área até ao verão” de 2022.

Reconhecendo o impacto económico e social do encerramento da unidade a carvão da Central do Pego, Matos Fernandes mostrou estar convencido de que o Fundo para a Transição Justa vai permitir que cresçam neste território “um conjunto de grandes projetos, da nova economia, alinhados com a digitalização e a descarbonização”.

Para apoiar os trabalhadores afetados foram criados vários apoios, como a criação de um gabinete junto do município de Abrantes, ações de formação, de requalificação, de orientação profissional e de apoio ao emprego, tendo sido criada uma compensação remuneratória, que começará a ser paga a partir do dia 15 de dezembro.

Segundo a mesma fonte, a ministra da Coesão Territorial anunciou a antecipação de apoios do Fundo para a Transição Justa, numa dotação total de 224 milhões de euros para compensar territórios afetados pelo encerramento de atividades no âmbito da descarbonização do país.

A região do Médio Tejo vai contar com uma verba de 45 milhões de euros, sendo que o Centro Litoral receberá igual montante, atendendo à indústria “intensiva em carbono”, como nos setores do vidro e da cerâmica, referiu Ana Abrunhosa.

Já o Alentejo Litoral, onde foi encerrada a central a carvão de Sines e está instalada indústria de produtos petrolíferos, são destinados 74 milhões de euros, e para Matosinhos, na Área Metropolitana do Porto, onde foi encerrada a refinaria da Galp, 60 milhões de euros.

“Estes apoios e estes territórios não podem estar à espera da aprovação do Acordo de Parceria Portugal 2030. Estes territórios precisam de uma resposta já, inequívoca. Precisam de saber que o Estado está presente quando é necessário”, referiu a ministra.

Fonte: Mais Ribatejo 

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