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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Há 21 casais de águia imperial no Alentejo… depois da “quase extinção” está de regresso!

A Águia-imperial-ibérica está a recuperar  e já conta com 841 casais reprodutores na Península Ibérica.

A informação é avançada numa nota divulgada pelo ICNF, na sua página oficial, dando conta que os esforços de conservação da Águia-imperial-ibérica desenvolvidos por Portugal e Espanha, focados sobretudo na correção de linhas elétricas de alta perigosidade e no combate ao uso ilegal de iscos envenenados, estão a permitir a recuperação da população da única espécie de ave de rapina nativa da Península Ibérica.

 

Na monitorização da Águia-imperial-ibérica (Aquila adalberti) realizada em Portugal foram observados 21 casais reprodutores e 20 crias voadoras, registando-se um aumento de cerca de 60% da população da espécie nos últimos anos.

Apesar desta evolução positiva, a mortalidade por causas não naturais continua a ser uma preocupação, sobretudo por eletrocussão e uso ilegal de venenos, bem como um aumento da perseguição direta a esta espécie. Regista-se também a preocupação com o desenvolvimento de infraestruturas energéticas que possam afetar negativamente o seu habitat.

Em 2018, foi aprovada a atualização da Estratégia de Conservação da espécie em Portugal e Espanha, que se concretiza no terreno através de um plano de ação em Portugal e dos planos de recuperação aprovados pelas comunidades autónomas em Espanha.

O grupo de trabalho da Águia-imperial-ibérica, constituído por representantes do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) tutelado pelo Ministério do Ambiente e Ação Climática em Portugal e do seu congénere do Ministério da Transição Ecológica em Espanha, com o parecer de especialistas e entidades especializadas, apresentou a 16 de fevereiro, em Madrid, os resultados do trabalho de acompanhamento e conservação desta espécie endémica da região mediterrânica.

Durante a década de 1980, a Águia-imperial-ibérica deixou de nidificar em Portugal, tendo sido considerada extinta enquanto espécie reprodutora. Só voltou a confirmar-se a presença de um casal com ninho, no Parque Natural do Tejo Internacional, em 2003, e no Alentejo, em 2006.

Foto: ICNF

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