A operação de desmantelamento da alegada rede de tráfico humano realizada pela Polícia Judiciária, esta semana, em Beja e que culminou na detenção de 35 pessoas, não vai ficar por aqui.
A garantia é dada pela procuradora do inquérito que realça que a investigação vai continuar e deverão ocorrer mais detenções e diligências.
A garantia foi dada pela Procuradora, este sábado, em Tribunal, que sublinhão ainda que vão existir mais diligências no âmbito desta investigação.
Recorde-se que, tal como a Rádio Campanário noticiou à data da megaoperação realizada pela Polícia Judiciária, e tal como nos adiantou Manuela Santos, Diretora da Unidade Nacional contraterrorismo da Polícia Judiciária, “a investigação vai prosseguir pois esta é uma fase de recolha de prova , continuando amesma a desenrolar-se.”
Esta foi uma grande operação policial envolvendo cerca de quatrocentos operacionais, em várias cidades e freguesias da região do Baixo Alentejo e culminou em 35 detenções, detidos suspeitos de integrarem uma estrutura criminosa dedicada à exploração do trabalho de cidadãos imigrantes, na sua maioria, aliciados nos seus países de origem, tais como, Roménia, Moldávia, Índia, Senegal, Paquistão, Marrocos, Argélia, entre outros, para virem trabalhar em explorações agrícolas naquela região do nosso país.
Muitas das vítimas trabalhavam na apanha da azeitona e nas vinhas e estariam na mão de intermediários.
Dos 35 detidos, a 31 foi-lhes aplicada a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva.
Mas destes 31, há 8 deles que vão poder regressar a casa com pulseira eletrónica se estiverem reunidas as condições da prisão domiciliária.
Os restantes quatro arguidos vão aguardar em liberdade, sujeitos a termo de identidade e residência com apresentações periódicas.
Encontram-se fortemente indiciados pela prática de crimes de associação criminosa, de tráfico de pessoas, de branqueamento de capitais, de falsificação de documentos, entre outros.
