O Governo acredita que os incentivos que vão ser dados para que médicos se candidatem a especialidades carenciadas em regiões como o Alentejo e o Algarve, que foram conhecidos esta semana, «poderão vir a fixar e a reter mais alguns destes profissionais»

António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde, adiantou ao Sul Informação na conferência de imprensa de balanço da situação epidemiológica desta sexta-feira, que o Governo «tem feito todos os esforços para atrair e para reter médicos. É um facto que em algumas regiões, mais do que noutras, se mantém essa dificuldade».

Apesar de os incentivos que foram sendo aprovados ao longo dos anos se terem mostrado insuficientes para a fixação de clínicos em regiões como o Alentejo e o Algarve, o governante acredita que estas recompensas, «nomeadamente o acréscimo 40% da remuneração base, o reforço de 2 dias de férias e a possibilidade de uma criar carreira mais atrativa, com a participação em atividades de investigação clínica e medidas que permitem uma maior mobilidade para cônjuges, o que permite uma relação mais compatível entre vida profissional e familiar» podem ajudar a colmatar as carências.

António Lacerda Sales realçou que, «neste momento, no Serviço Nacional de Saúde, temos 30.085 médicos, mais 4756 do que em Dezembro de 2015. É um número muito significativo de reforço de médicos. Sabemos que as necessidades, são sempre exponenciais e vão sempre aumentando, mas vamos tentando aumentar a um ritmo superior, tentando reter e fixar cada vez mais médicos e o mesmo que fazemos com médicos, fazemos com outros profissionais como enfermeiros, técnicos de diagnóstico, assistentes técnicos e operacionais», concluiu.

O despacho que fixa os postos de trabalho médico (185 vagas) nas zonas geográficas do país, bem como as especialidades definidas como carenciadas, foi publicado na terça-feira, dia 4 de Agosto, em Diário da República.