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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Metade dos aquíferos do Baixo Alentejo estão contaminados por nitratos

Arquivo/Foto ilustrativa

Quase todos os aquíferos do Algarve e metade dos do Baixo Alentejo estão poluídos por nitratos e contaminação por azoto amoniacal, “as maiores fontes de poluição das águas subterrâneas são a agricultura e a pecuária intensiva”, refere a ZERO.
Conforme avançado pelo Sul Informações, no Baixo Alentejo, dos quatro aquíferos ali existentes, dois estão contaminados, com valores de nitratos acima dos valores máximos estipulados pela lei. O aquífero de Gabros de Beja (Beja, Ferreira do Alentejo e Serpa) é classificado como estando “Muito Poluído por Nitratos”, enquanto o de Moura-Ficalho (Moura, Serpa) está “Poluído por Nitratos”.

As águas subterrâneas dos sistemas Viana do Alentejo – Alvito (Alvito e Viana do Alentejo) e da Bacia de Alvalade (Aljustrel, Ferreira do Alentejo, Odemira, Ourique e Santiago do Cacém) não tinham registo de poluição, nos dados disponibilizados.

Já no Algarve, 13 dos 17 aquíferos estão poluídos por nitratos, com oito deles a apresentar valores muito elevados deste composto, e 11 registam poluição por azoto amoniacal, denunciou a associação ambientalista.

Segundo a ZERO, a nível nacional “verifica-se uma situação preocupante, com registo de poluição em 49 dos 54 sistemas aquíferos com dados disponíveis”. “É uma poluição generalizada, que ameaça a utilização, atual e futura, de um bem que, em virtude dos efeitos das alterações climáticas, é cada vez mais escasso, mas que é essencial para a produção da água que bebemos”.

“Cerca de 79% dos aquíferos existentes apresentam pontos de água com concentrações de nitratos e/ou azoto amoniacal acima dos valores máximos definidos na legislação, sendo que muitos desses pontos se destinam à captação de água para consumo humano, o que obriga a que a qualidade da água desses aquíferos cumpra as normas de qualidade” patentes na lei, refere a ZERO.

“A poluição da água subterrânea por nitratos está fortemente relacionada com os métodos de produção agrícola intensivos, como consequência da excessiva utilização de fertilizantes químicos. A poluição por azoto amoniacal está, sobretudo, relacionada com a atividade pecuária, ocorrendo por contaminação dos solos através de estrume e/ou efluentes líquidos sem tratamento”, explica a associação

Fonte: Sul Informação

 

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