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Montemor: O Espaço do Tempo integra nova mostra de artes performativas

Dgartes

Artistas emergentes da “cena contemporânea portuguesa” apresentam-se, em março em Lisboa, na 1.ª edição da “Gaivotas Belém”, mostra de artes performativas que junta Teatro Praga, O Espaço do Tempo e Centro Cultural de Belém, foi hoje anunciado.

“Gaivotas Belém”, de acordo com a organização num comunicado hoje divulgado, “resulta de uma união de esforços entre o Teatro Praga, O Espaço do Tempo e o Centro Cultural de Belém, no sentido de oferecer condições e espaços de visibilidade e de reconhecimento a artistas emergentes da cena contemporânea portuguesa”.

A 1.ª edição da mostra, que decorre na Rua das Gaivotas 6 e no Centro Cultural de Belém entre 08 e 13 de março, é programada e coordenada pelo coreógrafo e bailarino Rui Horta e conta com a estreia de espetáculos de Bruna Carvalho, Joãozinho da Costa, Luara Raio e Silvestre Correia.

“Gaivotas Belém” junta três instituições “com naturezas, missões e dimensões muito diferentes”.

“Temos, por um lado, o CCB, uma das instituições culturais em Portugal de maior dimensão e recursos financeiros, que tem habituado o seu público a uma programação eclética, internacional e de diferentes escalas. Por outro lado, temos um projeto do Teatro Praga, a Rua das Gaivotas 6, que tem assumido um papel preponderante na cena artística independente lisboeta, operando sobretudo no acolhimento, no apoio e na apresentação de artistas emergentes, privilegiando abordagens experimentais e divergentes”, lê-se no comunicado hoje divulgado.

Também envolvido neste projeto está O Espaço do Tempo, “centro de residências e incubadora de criação artística, lugar transversal à maioria dos artistas da cena contemporânea nacional nos últimos 20 anos e que, em ‘Gaivotas Belém’, acolhe a preparação da maioria dos trabalhos apresentados e funciona como elo de ligação entre a dinâmica independente e tendencialmente experimental da Rua das Gaivotas 6 e a referência institucional e de grande visibilidade que é o CCB”.

Os quatro artistas convidados para a primeira edição foram escolhidos “pela singularidade das suas operações de composição, pelo rigor com que tratam os materiais que dão forma aos seus espetáculos e pelas suas personalidades artísticas altamente diferenciadas, representando a mais rica diversidade que constitui o tecido de criação emergente das artes performativas em Portugal”.

Joãozinho da Costa apresenta, em 08 e 09 de março na Rua das Gaivotas 6, “Fidjo di Tchon”, que “invoca no palco os corpos em movimento que tomam a forma de pincéis e pintam com as suas danças as telas em branco, tendo como fundo musical melodias guineenses e projeções de vídeos e imagens das ruas de Guiné-Bissau”.

“Crítica à conduta das sociedades em relação ao lixo que elas acumulam e aos comportamentos inconscientes dos cidadãos, a peça é construída a partir da chegada a Bissau de um guineense que mora na Europa. Essa personagem está de regresso ao seu país de origem após 18 anos, desejoso por conhecer e redescobrir todos os lugares”, é descrito no comunicado.

Bruna Carvalho apresenta “Penumbra”, “uma composição a solo que explora a cristalização de imagens no plano da luz e sombra puras”, em 09 e 10 de março na Black Box do CCB.

Em “Penumbra”, lê-se na descrição, “questiona-se o que construir a partir da impossibilidade em observar e escutar o corpo na sua totalidade enquanto elemento externo e de que forma é possível trabalhar o potencial da luz na perceção do mundo”.

A criação de Silvestre Correia, “Filme”, que é apresentada em 11 e 12 de março na Rua das Gaivotas 6, “procura o encontro da ferramenta teatral com a do cinema”. “Trata-se de um ato performativo que se duplica e cujas partes jogam entre si numa constante luta pelo incerto”, lê-se no comunicado.

A 1.ª edição de “Gaivotas Belém” termina com a apresentação de “Apocalypso”, de Luara Raio, em 12 e 13 de março na Black Box do CCB.

“Pensamos ‘Apocalypso’ como uma possibilidade de retirar os véus que cobrem construções invisíveis do mundo colonial enquanto uma maneira de destruí-lo. Essa destruição surge numa encruzilhada sensitiva que ativa o corpo como lugar cartográfico de atravessamento, onde performatividade, espiritualidade, ficção e feitiço se cruzam e turvam os seus limites”, é descrito na apresentação do espetáculo.

C/Lusa

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