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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Município do Baixo Alentejo reivindicam no Plano de recuperação e Resiliência investimentos de 50 M€

 

Os municípios do Baixo Alentejo reivindicaram um conjunto de investimentos de “cerca de 50 milhões de euros” ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência,

disse hoje o presidente da comunidade intermunicipal da região (CIMBAL).

As ‘exigências’, foram apresentadas no âmbito da consulta pública do PRR promovida pelo Governo, que terminou na segunda-feira.

De acordo com a notícia avançada pela Agência Lusa, Jorge Rosa, presidente da Cimbal, para a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, o PRR fica “muito aquém” do que a região aspira “há alguns anos”. “Temos a expectativa de que se possa incluir mais a região e resolver grande parte destas questões dentro do PRR. Trata-se de uma série de necessidades que não têm sido cumpridas e, quanto mais tempo passar, mais difícil se torna. Por isso, se o PRR tiver uma parte destas necessidades, sobretudo as principais, já seria bom para a região”, frisou o presidente da CIMBAL.

As exigências passam pela conclusão do Itinerário Principal (IP) 8 e dos troços em falta do Itinerário Complementar (IC) 27, a modernização e eletrificação da linha ferroviária entre a Casa Branca, Beja e Ourique, assim como a ligação do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) à albufeira do Monte da Rocha (Ourique).

Uma parte” destas reivindicações já  consta do PRR, segundo a CIMBAL, que reivindicou, contudo, a necessidade de incluir “mais Baixo Alentejo” no plano, em reunião com a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo e com os ministros das Infraestruturas e do Planeamento.

Na questão do IP8, o que está contemplado no PRR é a execução [do troço de Santa Margarida do Sado] até Beja, mas nós defendemos a ligação a Espanha, por Vila Verde de Ficalho, com as mesmas características. Estamos a falar de mais 15 a 20 milhões de euros para isso”, precisou o também presidente da Câmara de Mértola.

Já na ferrovia, a CIMBAL “insistiu muito” no prolongamento da linha do Alentejo “até à Funcheira”. “O projeto Casa Branca-Beja está adiantado e será realidade até 2025. Para o prolongamento da linha, nem sequer existe ainda projeto, mas o ministro concordou que faria sentido avançar com a ligação até ao Algarve e deu instruções para que se planeasse nesse sentido”, afiançou Jorge Rosa, autarca eleito pelo PS.

Quanto à ligação da EFMA à albufeira do Monte da Rocha, custaria “mais sete ou oito milhões de euros”, mas iria “reforçar o abastecimento de água aos municípios mais a sul” da região e proporcionar “cerca de 2.800 hectares de novas áreas de regadio”.

Sobre o IC27, o presidente da CIMBAL lembrou que é uma infraestrutura “muito importante porque liga todo o interior sul do país” mas nunca chegou a ser concluída.

A totalidade dos projetos para a região, entre os já incluídos no PRR e os defendidos pela CIMBAL, resultaria num “pacote de cerca de 50 milhões de euros”.

O Baixo Alentejo tem sido uma região um pouco esquecida pelos sucessivos Governos, talvez porque não tem um número por aí além de eleitores. Se retirarmos o Alqueva e o investimento dos municípios, ficamos com quase nada de investimento público neste território e é importante alterarmos essa visão”, concluiu.

 

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