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Municípios do distrito de Évora com oito projetos que usam a cultura para inclusão social

Decorreu esta manhã, o primeiro debate organizado pela CIMAC, no âmbito do “Transforma – Programa para uma Cultura Inclusiva do Alentejo Central”, em que diversos agentes culturais que promoveram 10 ações de inclusão pela cultura, em várias vertentes artísticas, apresentaram o resultado do trabalho realizado nos municípios do Alentejo Central impactados por estas ações.

Entre os oradores encontram-se a Malvada Associação Artística, a SOIR JAA – Sociedade Operária de Instrução e Recreio Joaquim António de Aguiar, a Associação Pó de Vir a Ser, a Associação Oficinas do Convento, a Sociedade do Bem, a PIMTAÍ – Associação Cultural e ainda a Associação Monte da AmOrada.

No total, são oito ações de inclusão pela cultura, em várias vertentes artísticas, foram desenvolvidas em concelhos do distrito de Évora, nos últimos dois anos. As ações de inclusão pela cultura fazem parte de um conjunto alargado de atividades deste programa que tem como destinatários finais grupos mais expostos a situações de exclusão social, contudo, os seus conteúdos visam ainda envolver as comunidades dos 14 municípios da região do Alentejo Central de forma alargada, contribuindo para uma verdadeira inclusão através da cultura.

Com um investimento de quase dois milhões de euros, financiado a 85% por fundos comunitários, a iniciativa, hoje abordada no debate em Évora, promove a inclusão social junto de populações excluídas ou isoladas.

O trabalho é feito através de “uma abordagem integrada entre cultura e inclusão social”, num território rural e de baixa densidade, “envolvendo entidades locais que já têm experiência nas áreas culturais em que se foca o programa”, explicou a CIMAC.

Das 26 ações de inclusão pela cultura ‘em carteira’, oito já viram a ‘luz do dia’, em diversos municípios da região, realçou hoje o presidente da CIMAC, Luís Dias.

São projetos “que trabalham com públicos muito específicos, com crianças com deficiência, idosos, jovens com problemas de enquadramento social” e “comunidades imigrantes”, resumiu.

Segundo o responsável, também presidente da Câmara de Vendas Novas, “no início do próximo ano”, vai ser lançado “mais um conjunto de projetos, em áreas muito transversais de um ponto de vista cultural”.

O programa aproveita “a matriz cultural muito rica que o Alentejo tem”, que envolve “associações que estão no terreno e que fazem um trabalho extraordinário” e coloca-as a trabalhar em prol da inclusão.

“Criar inclusão é hoje, para o território, um dos pilares mais fundamentais que podemos ter e a cultura um dos melhores veículos para o fazer”, disse.

O trabalho em rede, com os municípios, os agentes culturais e as associações, é a base do programa, até porque “as comunidades mais desprotegidas e mais frágeis” estão já identificadas “em qualquer concelho do Alentejo Central”.

As oito ações já ‘germinadas’ no âmbito do Transforma incluem o projeto “Nós: primeira pessoa do plural”, dinamizado pela associação Pó de Vir a Ser, em Évora, com pintura, escultura e desenho, segundo divulgou a CIMAC.

As Oficinas do Convento programaram para diversos concelhos iniciativas de fotografia e da área audiovisual, e a Malvada – Associação Artística tem em curso projetos de fotografia e de criação literária e edição, também em vários municípios.

Uma iniciativa transdisciplinar, em Évora e Mora, é a aposta da Associação Monte da Amorada, a criação literária e edição foi a escolha da Associação Sociedade do Bem, em diversos concelhos, enquanto a SOIR Joaquim António d’Aguiar se centrou no município de Alandroal, com um projeto na área audiovisual.

O Transforma – Programa para uma Cultura Inclusiva do Alentejo Central prevê o desenvolvimento de 26 ações de inclusão pela cultura, promotoras da inclusão social por via das artes em diversas vertentes artísticas: Fotografia, Pintura, Escultura e Desenho, Audiovisual, Criação Literária e Edição, Música, Dança, Teatro, Produção Artesanal, Cruzamentos Transdisciplinares.

C/Lusa

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