Nas imediações da antiga estação ferroviária, o Museu Interactivo do Megalitismo é o equipamento moderno que coloca Mora no mapa, a par do Fluviário.
Inaugurado em 2016, o Museu Interactivo do Megalitismo patenteia o vasto espólio arqueológico do concelho de Mora, concelho riquíssimo em ter-mos de património megalítico. Há uma paisagem recortada por menires, antas, dólmenes, mamoas, agrupamentos de menires e sepulturas protomegalíticas, reflexos de uma região que foi habitada desde a alvorada da humanidade.
Construídos de raiz, o Museu Interactivo do Megalitismo e o seu centro de interpretação surpreendem pela configuração exterior e conta ainda com a antiga estação de comboios da localidade alentejana foi reabilitada e faz parte do espaço museológico.
Para que o visitante possa compreender o que vai encontrar ao longo do espaço de 750 metros quadrados, é-lhe apresentado um filme em 3D que reproduz a vida de uma comunidade do Neolítico. O espaço contempla ainda diversas mesas interactivas onde se pode recolher múltiplas informações relativas às peças expostas, a maior parte das quais cedidas pelo Museu Nacional de Arqueologia. O visitante pode igualmente assistir à reprodução dos processos de escavação de uma estação arqueológica. Para os mais incautos, convém lembrar que pode ser surpreendido no local por um homem em tamanho real a trabalhar placas de xisto. Um dos projectos mais divulgados e acarinhados pelo museu visa proporcionar, aos alunos de História e Geografia dos 5.º e 7.º anos de escolaridade, a recriação de algumas actividades do quotidiano pré-histórico, como ensinar a talhar, a produzir cerâmica ou a arte de caçar.
No espaço expositório principal, a maior parte das peças em exibição, algumas com mais de seis mil anos, são resultado das diversas escavações arqueológicas que ocorreram no concelho desde 1914 e que são testemunhos intemporais da actividade humana na região. O Museu Interactivo do Megalitismo é razão mais do que suficiente para demandar Mora,
onde pode igualmente visitar o carismático fluviário da localidade, quase contíguo ao museu. E, claro, não se esqueça de realizar o roteiro pelos monumentos megalíticos mais relevantes da região.
Fonte: nationalgeographic.pt
