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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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“Não damos tréguas” a quem se tenta apropriar do património alentejano, diz Diretora Regional de Cultura (c/ som)

Nos últimos tempos a Direção Regional de Cultura do Alentejo não tem tido ‘mãos a medir’ para salvaguardar o património alentejano. À margem da inauguração da 36.ª edição da Feira de Artesanato e de Gastronomia e do Festival do Crato, Ana Paula Amendoeira, Diretora Regional de Cultura, referiu que a instituição “não dá tréguas e que está muito atenta” na defesa da cultura e do saber-fazer das pessoas da região.

 

Em declarações à Campanário, Ana Paula Amendoeira, revelou que têm existido tentativas de registo de patentes, através da plataforma do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), de produtos tipicamente alentejanos como é o caso dos capotes e das mantas. Quando estas situações acontecem, a Diretora Regional de Cultura refere que a DRCA “reclama ou pede a nulidade” dos processos quando estes já estão aprovados.

Sobre o mais recente caso de apropriação das mantas alentejanas por parte da empresa Pombo & Azevedo, com sede em Mira de Aire, no concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria, que alega ser o inventora de 12 desenhos, Ana Paula Amendoeira referiu que a Direção Regional fez uma reclamação antes da aprovação, esperando um resultado positivo. “Tratam-se de padrões e desenhos que nós consideramos que são das mantas do Alentejo quer das mantas de Mértola quer das mantas de Reguengos. Também não queremos que elas sejam apropriadas pelas pessoas que as fazem. Elas não são é de ninguém. São de todos porque é um saber que não tem autor o autor é o povo“, afirma a Dirigente.

Ana Paula Amendoeira fez ainda saber que o empresário que apresentou este pedido pondera desistir no mesmo, no entanto, o processo continua a decorrer no Instituto Nacional de Propriedade Industrial.

Recorde-se de que, já em dezembro de 2021, os produtores de capotes alentejanos foram surpreendidos com avisos de um titular dos direitos de registo deste tipo de vestuário para pararem as vendas ou pagarem licença, por violação de direitos.

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