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Sábado, Abril 20, 2024

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“Não podemos ainda, na atual conjuntura económica do país, sonhar muito alto”, diz presidente da Junta de Freguesia de Pardais (c/som)

Como consequência da reorganização administrativa territorial autárquica e das alterações introduzidas pela Lei n.º 75/2013, a cada ano, as câmaras municipais delegam competências nas juntas de freguesias.

A Junta de Freguesia de Pardais já reuniu com a Câmara Municipal de Vila Viçosa e as verbas a serem transferidas para o ano de 2017 “são na mesma linha do ano passado, não há grandes novidades”, avançou à Rádio Campanário, Rute Pardal.

Ainda assim a autarca considera que tanto as delegações como o financiamento não é o que desejaria, embora esteja satisfeita e convicta “de que a Câmara Municipal envidará esforços para que as delegações e o respetivo financiamento sejam mais elevados”.

Instada sobre a verba a ser transferida para a freguesia, Rute Pardal diz que não pode precisar porque o documento ainda não está na sua posse, e os valores foram “apenas discutidos verbalmente” com o vice-presidente do município calipolense, Luís Nascimento, mas “é proporcional ao que as juntas de freguesia recebem do Fundo de Financiamento das Freguesias (FFF), calcularam a percentagem que cada uma das freguesias do concelho recebia do FFF e o aumento é consoante essa percentagem”, acrescentando que a verba disponibilizada pela autarquia não será muito diferente dos anos anteriores. 

Questionada sobre o montante que a Junta de Freguesia de Pardais recebe do Fundo de Financiamento Financeiro (FFF), Rute Pardal diz que no ano de 2016 recebeu cerca de 27 mil euros, verbas que não dão grande espaço de manobra no que toca a avançar com grandes projetos.

A presidente da Junta de Freguesia de Pardais reconhece que o acréscimo de competências regulamentado pela lei 75/2013, acresce competências, “mas não nos dá o acréscimo de financiamento para conseguirmos fazer um trabalho de médio longo prazo”. O grande esforço das freguesias pequenas, “como é o nosso caso”, passa por “sinalizar para as entidades competentes”, já que “a proximidade é fundamental”.

 Quando lhe é perguntado o que mais a preocupa enquanto presidente da freguesia, Rute Pardal diz que dorme “muito descansada em relação à Junta de Freguesia de Pardais”, embora reconheça que falte “muita coisa”, mas “não podemos ainda, na atual conjuntura económica do país, sonhar muito alto”, ainda assim admite que “a nível social necessitamos de um centro de dia ou um lar”.

Confrontada se a Junta de Freguesia já encetou esforços para que Pardais seja dotada de uma infraestrutura dessa natureza, refere que já o fez e “não é uma preocupação nova deste mandato. Ao longo dos anos houve várias tentativas de negociação com a Cáritas, com a Cruz Vermelha, com a Santa Casa”, mas “a falta de financiamento das instituições leva a que não seja possível avançar com o projeto”.

“É complicado” a Junta de Freguesia suportar uma obra desta natureza, “ajudaremos e daremos todo o nosso apoio, mas é complicado com um orçamento de 43 mil euros por ano, no entanto há candidaturas de fundos europeus”, avançando que “é um dos projetos que estamos a pensar desenvolver no futuro, não sozinhos, mas em parceria com outras entidades”.        

 

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