O projeto de financiamento para o novo Hospital Central de Évora, que entrará em funcionamento até ao ano de 2023, foi apresentado esta sexta-feira, 11 de janeiro, em Évora, numa sessão que contou com a presença do Primeiro-ministro, António Costa, e da Ministra da Saúde, Marta Temido.
Presente na sessão, o autarca de Elvas, Nuno Mocinha, disse à RC que o novo Hospital Central “só pode trazer coisas boas” para o Alentejo, na medida em que é uma unidade central “para todos os alentejanos”, inclusive os elvenses.
Para o autarca, o facto de esta unidade vir disponibilizar um avançado serviço de saúde vai “evitar que continue a haver pessoas que vão de Portalegre, Elvas, Beja e Évora até Lisboa fazer alguns tratamentos” que nenhuma unidade de saúde na região pode prestar.
“pode haver algum receio, mas é receio de alguém que queira gerar alguma confusão”
Questionado sobre repercussões no Hospital de Elvas, Nuno Mocinha reconhece que “pode haver algum receio, mas é receio de alguém que queira gerar alguma confusão”, isto porque “se fosse para haver algum corte não se continuaria a fazer investimento”, como é exemplo a Clínica de Alta Resolução que está a ser preparada no Hospital de Santa Luzia, em Elvas.
Na opinião do autarca são “coisas complementares”, pois é sabido que Elvas não tem “todas as valências e especialidades”, na medida em que a proximidade com Évora vai facilitar os serviços de saúde nos concelhos dos distritos de Portalegre.
Questionado sobre os recentes investimentos no Alentejo, tanto na saúde como na ferrovia, “são tudo condições de atratividade”, disse o autarca. Para Nuno Mocinha representam “condições para que o território se torne mais competitivo”, no entanto uma das dificuldades evidenciadas pelo edil são os dados demográficos, o que não retira ao Alentejo “as muitas valências que podem ser exploradas”.
