O Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, estevem ontem à noite em Estremoz para comemorar o centenário do Teatro Bernardim Ribeiro, um ex-libris da cidade.
À margem destas comemorações, o governante, em declarações à Rádio Campanário, abordou a questão da centralidade da cultura no Alentejo, um desígnio que ainda não foi totalmente atingido na região Alentejo.
O responsável pela Cultura em Portugal reconhece “há ainda muito caminho para percorrer no Alentejo e é fundamental conferirmos uma nova centralidade a este território com instrumentos de política que ajudem a isso mesmo.”
Apesar de o caminho ainda ser longo, Pedro Adão e Silva realça que alguns passos já foram dados “isso aconteceu quando certificámos teatros que integram a rede de teatros e cineteatros como é o caso deste teatro mas também no âmbito dos apoios da DGartes, pois premeiam as regiões onde há menos ofertas.”
O Alentejo tem, conforme referiu o governante “condições de candidaturas aos programas mais favoráveis do que as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto” sublinhando, contudo que “apesar do caminho que há a percorrer eu julgo que todos no Alentejo reconhecem que há um potencial enorme de articulação entre o turismo, a cultura e o desenvolvimento económico.”
Para o ministro “o Teatro Bernardim Ribeiro é um bom exemplo disso assim como a articulação entre a Câmara de Estremoz e a Direção regional de Cultura do Alentejo” considerando que se deve apostar, tal como acontece em Estremoz, “no teatro amador, na arte popular como é o caso dos Bonecos de Estremoz.”
É por isso que, acrescentou “podemos tornar de novo o Alentejo um território vibrante, mas de uma forma vibrante do que era no passado.”
“É preciso juntar a parte da programação adequada aos espaços, preservando a memória, a identidade, mas ligando-o ao futuro porque o desenvolvimento sustentável no Alentejo passa também pela cultura” concluiu o governante.
